Economia

CAMELÔS AFRICANOS OCUPAM RUAS DO CENTRO VALENCIA NO COMERCIO ILEGAL

A diferença de preços para os produtos das lojas é grande e não faltam clientes
Tasso Franco , Valencia | 25/12/2023 às 11:13
São dezenas vendendo todo tipo de produto
Foto: BJÁ
    Valencia, na Espanha, é uma cidade de 2.140 anos de existência e que tem se destacado na Península Ibérica desde sua fundação como entreposto comercial romano por Décimo Junio Bruto Galaico (138 a.C.), depois pela dominação árabe que durou mais de 500 anos, entre 771 d.C. até 1238, com as indústrias da seda e a cultura do arros e cítricos, e tem se mantido assim como cidade metropolitana de forte comércio e serviço até os dias de hoje. 

   Fica atrás apenas da região metropolitana de Madrid e de Barcelona, na Catalunha, e nos últimos anos, especialmente após a pandemia do coronavirus uma onda de africanos proveniente da África Ocidental fugidia de guerras e de conflitos em seus paises tem se estabelecido na Espanha, juntamente com uma imensa comunidade muçulmana.
 
  E os africanos têm sido vistos com mais visibilidade nesta temporada de festas do final de ano e ocupam áreas dos corredores do comércio da cidade vendendo produtos de "grifes" falsificadas colocando panôs nos chãos numa permanente corrida contra a ação da policia. Muitos africanos já reafalbetizados em espanhol e estabelecidos em definitivo na cidade estão trabalhando na construção civil.

   Percebe-se, no entanto, que nesta época, há um relaxamento da policia deixando que os africanos se virem como camelôs na venda desses produtos a preços mais baratos e que têm uma grande clientela, embora os comerciantes fixos com lojas e que pagam impostos reclamem muito.

  O que fazer? Não há nada a fazer. Uma repressão mais acentuada nesta época do ano seria um caos uma vez que as ruas estão lotadas de gente, multidões, e uma represssão mais forte poderia provocar tumultos e até mortes. Então, há esse consentimento.

  A diferença de preços entre os produtos falsificados e os originais são enormes, Um tênis nike custa, em média entre 60 a 100 euros numa loja, e no camelô entre 20 e 50 euros. Uma bolsa de grife que pode custar até 500 euros numa loja compra-se por 50 euros. E um cinto vale 5 euros. Cuecas e calcinhas de "grife" 10 euros caixa com 3. 

   Então, clientes não faltam, como vocês podem ver nesta foto numa rua do centro de Valência no corredor de lojas da Primark com dezenas deles em atuação. (TF)