Já estão valendo, desde a última sexta-feira (07), as novas regras para o programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal, que deve ampliar o acesso de pessoas à casa própria. Isso porque, a partir de agora, pessoas com renda de até oito mil reais serão contempladas no projeto, há o aumento do subsídio para aquisição de imóveis, que agora passa a ser de até R$55.000 e redução da taxa de juros para famílias de baixa renda nas faixas 1 (renda bruta familiar mensal até R$ 2.640) e 2 (renda bruta familiar mensal de R$ 2.640,01 a R$ 4.400) do programa - houve a criação de subfaixa de renda de até R$2 mil, com taxa de juros a partir de 4% ao ano.
A expectativa é de movimentação positiva no mercado imobiliário e de construção civil, alerta Nane Brandão, diretora da Inteligência Imobiliária (IMOB). “O valor máximo enquadrado dentro do programa aumentou para até R$350 mil, o que possibilita um número maior de empreendimentos atendidos. O mercado imobiliário já está aquecido e a perspectiva, como mais pessoas serão beneficiadas, é que aumente significativamente o número de vendas. A expectativa é de aumento de 30% na procura por imóveis”, analisa. Atuante na área imobiliária na cidade, Nane aponta que as regiões mais procuradas pelos usuários do programa, em Salvador, são Cajazeiras, Vila Canária, Piatã, Paralela, Valéria e Cabula.
Gerson Moura presta serviço de assessoria bancária e explica que para aprovar a pasta do cliente é feita uma análise de crédito, a partir das documentações básicas: documento de identificação, comprovante de endereço e de renda. Documentos específicos podem ser solicitados, a depender do perfil do cliente. “Tem ainda os limites do imóvel a ser comprado. No caso dos clientes enquadrados nas faixas 1 e 2 do programa, os imóveis têm os limites de R$255.000, em Salvador; R$245.000, em Camaçari; R$225.000, em Lauro de Freitas. Clientes da faixa 3, com renda familiar bruta de R$4.400,01 até R$8.000,00, o limite do imóvel é de R$350.000 em todo o território nacional”, explica Gerson.
De acordo com o Ministério das Cidades, responsável pela execução do programa, a meta do Governo Federal é contratar 2 milhões de novas moradias até o final de 2026 para quem mora em áreas urbanas e também nas zonas rurais.