PARIS - Uma feira livre em Paris não é diferente de qualquer outra no mundo. Tem burburinho, pechincha, promoções, queima de preços, corre-corre de vendedores, donas de casas com seus carrinhos a reclamar dos preços altos, enfim, é também uma festa. Dá pra fazer a feira, tomar café num bistrô, se quiser comer em algum restaurante e comprar no cartão de crédito.
Assim é a feirinha da Rua Alain Quatier com a Av Vaugiraud, bem pertinho da minha casa na Damblase onde abasteço a cozinha de frutas, verduras, queijos, carnes e peixes. É imensa. Tem mais de 200 tendas.
Um pouco de cada coisa porque os preços dos produtos nesta cidade são bem salgadinhos para o padrão brasileiro. O jornalista Nestor Mendes Jr diz que é para eu não ficar convertendo o euro em real senão não me divirto, mas um kg de tomatino grape a 16 reais não é nada agradável. Paciência, come-se o que se pode.
Lembrando que, na França, registrou um produto paga-se o adicional de 20% de IVA e se for no cartão de crédito mais IOF 6.38% e na feirinha é obrigatório as máquinas para pesar os produtos - como as máquinas nos supermercados - que são diretamente ligadas ao Fisco.
A feira da Cartier/Vaugiraud vende também flores, vestimentas, sapatos, panelas, produtos usados por manicure e cabeleireiros - alicates, tesouras, etc - boinas, bonés, blusões. É, portanto, uma feira multiprodutos e não há separações de áreas. Uma tenda de peixe pode estar ao lado de uma de pantalonas.
De toda sorte, os produtos nesta feira - e outras da cidade - são um pouco mais baratos do que nos supermercados e os vendedores fazem muitas promoções do tipo uma cesta de alcachofras por 5 euros e assim por diante. Pagou levou e não tem nota de nada. É como em qualquer feirinha. (TF)