Economia

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE MATERIAL DE ACABAMENTO NAS EDIFICAÇÕES

O CMAR tem o objetivo de estabelecer as condições a serem atendidas pelos materiais de acabamento e de revestimento empregados nas edificações
Reinaldo Oliveira , Salvador | 07/03/2022 às 14:19
Patrícia Suede
Foto: Divulgação

O CMAR (Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento) tem o objetivo de estabelecer as condições a serem atendidas pelos materiais de acabamento e de revestimento empregados nas edificações, para que, na ocorrência de incêndio, restrinjam a propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça, atendendo ao previsto no Decreto Estadual nº 16.302/2015 – que dispõe sobre a segurança contra incêndio das edificações, estruturas e áreas de risco no Estado da Bahia.

 

“O CMAR foi desenvolvido com a função de propiciar maior segurança para as edificações e seus ocupantes. Através das normas vigentes, garante que as edificações possuam materiais de acabamento e revestimento que são adequados a sua estrutura e tipo de ocupação. O controle de materiais de acabamento e revestimento também garante que em caso de incêndio, os materiais não se transformem em armas contra os ocupantes em busca de uma saída. Imagine pessoas desesperadas tentando escapar por um corredor, onde o teto feito de material plástico derrete pingando em chamas sobre todos”, declara a engenheira de segurança Patrícia Suede.

 

É preciso considerar as características de reação ao fogo dos materiais a serem empregados em uma edificação tanto nas áreas internas como externas. Para que, no caso de sinistro de incêndio, estes materiais restrinjam a propagação de fogo e o desenvolvimento de fumaça.

 

“Tomando como base a tragédia na boate Kiss, podemos confirmar o perigo que a fumaça oferece aos ocupantes. Segundo perícia, quase todas as mortes causadas dentro da boate tiveram como causa a asfixia. A espuma de isolamento acústico que revestia o teto e algumas paredes da Kiss foi apontada pela polícia, como uma das protagonistas na tragédia. Podemos chegar à conclusão que mais da metade das vítimas fatais da boate foi por inalar fumaça tóxica”, conclui a engenheira de segurança Patrícia Suede.