Uma predominância diante das novas tecnologias da internet
Tasso Franco , Salvador |
22/02/2022 às 08:34
São dezenas deles entregues todos os dias aos possíveis clientes
Foto: BJÁ
Os prestadores de serviços da Av Sete de Setembro e comerciantes ainda usam em profusão folhetos - velha tecnologia - para atrair clientes aos seus negócios mesmo na era virtual e com oferta ampla pela internet. Numa caminhada pela Avenida - entre as Mercês e o São Bento - recebemos 13 folhetos com todo tipo de oferta, de oculuista a empréstimo finaceiro, compra de ouro e serviços de massagem.
E por que isso ainda acontece na principal área do comércio de rua da capital? Porque uma parte da população que frequenta o local, de pessoas de baixa renda e classe média baixa da periferia, não estão acostumados a usar a internet como meio de difusão e plataforma de compras. E o folheto, uma das mais antigas formas de conquistar um cliente, impresso a cores com boas ofertas ainda atrai o público e funciona.
Conversamos com algumas garotas que trabalham nesse oficio e ganham diárias que variam entre R$50,00 a R$70,00 e mais um lanche e também por conquista de clientes. Algumas colocam o nome num papel adicional ao folheto com a observação "Cobrimos a Oferta da Concorrência" e se o (a) cliente for ao local que oferece empréstimo e realizar negócios, a folheteira ganha um adicional.
Os três segmentos de negócios mais ofertados na avenida Sete são empréstimos, oculistas e compra de ouro - jóias de uma forma geral. Há outros, mas, esses são os mais ofertados. ULtimamente, também, têm surgido as clínicas dentárias maiores numa concorrência direta aos consultórios de dentistas populares do Edf Politécnica, que é uma "cidade" e oferece de tudo - médicos, dentistas, massagistas, atacadões de calcinhas e sutiãs, de confecções, contabilistas, advogados e outros.
Como estamos escrevendo uma série sobre a convivência das novas tecnologias com as velhas em "A Cadeira e o Algoritmo" esse é um bom exemplo dessa relação. Ou seja, por mais que a internet avance, ainda há espaço para as velhas tecnologias. (TF)