Economia

EXCLUSIVA: ARRECADAÇÃO ICMS NA BAHIA PODE ATINGR ATÉ R$30 BILHÕES 2021

As principais despesas obrigatórias do Estado da Bahia estão congeladas, como o aumento linear dos servidores públicos que desde 2016 crescendo em ritmo chinês rumo aos 30 bilhões no ano
Tasso Franco , da redação em Salvador | 31/08/2021 às 19:18
ICMS em alta na Bahia
Foto: BJÁ
   Em julho de 2021 a arrecadação de ICMS do Estado cresceu 31,7% em relação a julho de 2020; Foram arrecadados R$2,53 bilhões em julho de 2021, contra R$1,92 bilhão em julho de 2020, segundo fontes da SEFAZ.

  "Nunca na história da arrecadação do ICMS no Estado da Bahia nos seus primeiros sete meses, recordes históricos de arrecadação para cada mês, como em 2021", comentou em off um auditor fiscal da SEFAZ para o Bahia Já.

   - O crescimento nos primeiros sete meses de 2021 (jan – jul) já alcança o percentual de 30,3%, resultado fantástico, segundo fonte da SEFAZ.

   Foram arrecadados R$3,97 bilhões a mais nos primeiros sete meses de 2021 em relação a 2020, num total de R$17,0 bilhões contra R$13,1 bilhões em 2020;

No ano, até agora perfeito, a arrecadação alcançou recorde histórico em todos os meses, ou seja, o melhor janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho e julho da história do ICMS, o Estado nunca teve tanto dinheiro e folga orçamentária;

  NOVO RECORDE

Em Agosto haverá novo recorde sem dúvida e a arrecadação de ICMS continuará a bater recordes impactada pela melhora significativa das perspectivas de crescimento da economia brasileira gerada pelas políticas federais de expansão de crédito, auxílio emergencial, privatizações e expansão do crédito imobiliário, combinadas com o aumento do emprego formal, preço elevado das commodities agrícolas, minerais e da queda da taxa de câmbio. Até a inflação em patamar superior a 7% ao final do ano impacta positivamente na arrecadação de impostos;

Hoje a aposta na SEFAZ é a possibilidade da arrecadação de ICMS superar a casa dos 30 bilhões de reais no ano, algo inimaginável no início de 2021.

Outro fator que é determinante para o resultado fiscal do Estado da Bahia é que as transferências federais também batem recorde em cima de recorde, sendo a Bahia o Estado que detém o maior índice na distribuição do FPE.

Além disto as principais despesas obrigatórias do Estado da Bahia estão congeladas, como o aumento linear dos servidores públicos que desde 2016 não é concedido, ao final deste ano serão seis anos sem aumento para o funcionalismo, algo imaginável na história do Estado da Bahia.

Os municípios também são impactados pelo aumento do ICMS e recordes seguidos também da receita de impostos federais que também seguem aumentando rapidamente.

Retomar a economia informal hoje é a prioridade, pois a formal está melhorando rapidamente, reabsorver a mão de obra impactada pelo fechamento da economia é crucial com a melhora acelerada nos índices da pandemia.