Economia

EXCLUSIVO: ARRECADAÇÃO ICMS MAIO NA BAHIA CRESCE 72% RELAÇÃO MAIO 2020

Trabalho deve ser creditado em parte ao desempenho dos auditores fiscais e servidores da SEFAZ que seguem com salários congelados desde 2016
Tasso Franco , da redação em Salvador | 09/06/2021 às 17:58
ICMS em alta
Foto: BJÁ

  Segundo fonte do Bahia Já na Secretaria da Fazenda do Estdo, em mais um mês surpreendente a arrecadação de ICMS do Estado da Bahia de maio de 2021 cresceu 72% em relação a maio de 2020. Foram arrecadados 2,43 bilhões em maio de 2021, contra 1,41 bilhões em maio de 2020.

   Mesmo considerando que maio de 2020 foi o mês mais atingido pela pandemia a arrecadação de maio de 2021 também foi quase 21% maior que maio de 2019, logo a tendência de crescimento é acelerada. Em maio de 2019 a arrecadação alcançou 2,02 bilhões;
O crescimento nos cinco primeiros meses de 2021 (Jan – Mai) já alcança o percentual de 28,5%, algo inimaginável no início do ano.

   Foram arrecadados 2,69 bilhões a mais nos cinco primeiros meses de 2021 em relação a 2020, num total de 12,1 bilhões contra 9,4 bilhões em 2020.

  Importante salientar que os efeitos da pandemia na arrecadação de ICMS do Estado da Bahia só começaram a serem efetivamente sentidos a partir do mês de maio de 2020. A arrecadação continuará a bater recordes nos próximos meses por estar aquecida e ter em junho e julho de 2020, base de comparação afetada pela baixa da atividade econômica no ano passado.

   Especialistas consultados pelo BJÁ já projetam que a arrecadação de ICMS do Estado da Bahia deve bater na pior das hipóteses os 29 bilhões de reais ainda este ano. Em 2020 o total arrecadado no ano foi 24,9 bilhões.

   Com o crescimento econômico projetado pelas agências especializadas neste ano se aproximando de 5%, combinado com o preço elevado das commodities agrícolas e minerais, queda da taxa de cambio, continuação da liquidez gerada pelo pagamento do abono emergencial, recordes do credito imobiliário, investimento privado em infraestrutura e aumento do otimismo e da atividade econômica. 

   Todos esses fatores combinados funcionam como jogar gasolina no fogo, todos são geradores de ICMS. Isso sem falar que diversas despesas obrigatórias do Estado da Bahia estão congeladas, como o aumento linear dos servidores públicos que desde 2016 não é concedido, aumentando o superavit.

   Todos os municípios também são impactados pelo aumento do ICMS e recordes seguidos também da receita de impostos federais que também seguem aumentando. Retomar a economia informal hj é a prioridade, pois a formal está dando sinais de extrema melhora, reabsorver a mão de obra impactada pelo fechamento da economia é o principal desafio deste ano.