Economia

EMPRESÁRIOS DE SERVIÇOS FINANCEIROS ACREDITAM NA RECUPERAÇÃO ECONÔMICA

Diretamente ligado à economia, CEOs do setor apresentam opiniões semelhantes à média global da pesquisa; aposta é em um ano melhor, comparado a 2020
Matheus Levi , Salvador | 11/05/2021 às 15:09
Um ano após a Covid-19 ter provocado uma revolução mundial e a adaptação de todos os mercados, a recuperação e crescimento são uma possibilidade – pelo menos para os empresários do setor de Serviços Financeiros. De acordo com a 24ª edição da Pesquisa Global com CEOs da PwC (24th Annual Global CEO Survey), as expectativas para a indústria são bem parecidas com a média global, apostando num cenário mais positivo para este ano, em comparação com o esperado para 2020. 

  Como o setor de serviços financeiros trabalha diretamente ligado à movimentação econômica, as respostas dos CEOs tendem a ser um pouco mais realistas e impactadas diretamente pela situação atual. Desta maneira, a avaliação dos entrevistados se torna importante porque serve não só como ponto de partida, mas também como eventual medida de comparação do otimismo ou pessimismo de outros setores. 

  Em relação à economia global, por exemplo, 75% dos CEOs do setor de Financial Services acreditam que o desempenho será melhor em 2021 (ante 76% da média global). Para 9% dos entrevistados, a situação se manterá igual (no cenário mundial, 10% acreditam nessa possibilidade), enquanto 16% (ante 14% da média global) acreditam que a economia irá sofrer desaceleração.  

  As expectativas para este ano são positivas: 36% dos CEOs (mesmo resultado que a média global) afirmam estar muito confiantes no crescimento da empresa para os próximos 12 meses. Já para os próximos três anos essa esperança é menor, com 44% dos empresários dizendo estar muito confiantes, ante 47% da média global – mesmo raciocínio aplicado em relação aos lucros da empresa, com 62% (ante 65% da média global) afirmando apostar na melhoria da rentabilidade. 


 

Obstáculos no caminho 

  Os CEOs do setor de Financial Services consideram como principais ameaças, em primeiro lugar, eventuais ataques e ameaças cibernéticas (56%), seguido da pandemia e outras crises sanitárias (51%), excesso de regulação (50%), incerteza em relação a políticas (39%) e crescimento econômico incerto (35%). Logo em seguida, com 31% cada um, dividem o pódio das preocupações a incerteza na política tributária, populismo, “misinformation” e velocidade dos avanços tecnológicos. O aumento das obrigações tributárias, com 29%, fecha a lista das 10 maiores ameaças para o setor. 

 

 

Contra-ataque 

 
Nesse cenário, algumas alternativas são consideradas para aumentar a competitividade da empresa. Em primeiro lugar, está a produtividade por meio da automação e da tecnologia (43%, contra 36% da média global), seguida por mudanças ou adaptações na cultura e comportamentos no ambiente de trabalho (36%, contra 32% global), foco nas competências e na adaptabilidade dos profissionais (35%, contra 31% global) e foco na saúde e bem estar da força de trabalho (31%, contra 28% global). 

  Engajamento e comunicação com a força de trabalho (26%), abordagem de gestão de desempenho (22%), foco em incubadora de líderes para o futuro (20%) e foco em diversidade e inclusão (19%) também fazem parte da lista de estratégias a serem adotadas pelos empresários do setor.