Com informações da Revista Cultivar
Tasso Franco , da redação em Salvador |
25/06/2020 às 19:25
Praga está na Argentina em direção ao Brasil
Foto: GC
A nuvem de gafanhotos que se desloca pelo território argentino pode encontrar no frio intenso previsto para a região um obstáculo para permanecer em movimento. Além do vento, a temperatura é um fator importante na dispersão dos insetos.
As previsões meteorológicas indicam pouco volume de chuva e frio intenso no Rio Grande do Sul nas próximas 72 horas. Na Argentina as temperaturas já começaram a cair. "Na Província de Santa Fé já está bastante frio. Com estas condições pode ser que a nuvem não esteja se movendo e permaneça em algum ponto", estima a pesquisadora do Inta, Daniela Vitti.
As informações oficiais sobre a localização da nuvem de gafanhotos, da espécie Schistocerca cancellata ou gafanhoto sul-americano, dão conta de que a praga segue no centro sul da Província de Corrientes, na Argentina.
No Brasil o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) chegou a informar que a praga estaria em deslocamento, em direção ao Uruguai. Tanto o Mapa como a Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul monitoram o problema e buscam orientar produtores da região. Estamos atentos a todo o movimento e discutindo ações para preparar o Estado caso haja avanço da nuvem de gafanhotos. O risco existe e não podemos ignorar avalia o secretário Covatti Filho.
O meteorologista da Seapdr, Flávio Varone, analisou as condições climáticas do período atual para avaliar os riscos destes insetos chegarem ao Rio Grande do Sul. "A aproximação de uma frente fria oriunda do sul vai intensificar os ventos de norte e noroeste, potencializando o deslocamento do massivo para a Fronteira Oeste, Missões e Médio e Alto Vale do Rio Uruguai. Contudo, a tendência de queda nas temperaturas e previsão de chuva para todo o Estado nesta quinta-feira tende a amenizar o risco de dispersão da praga", opinou.