A cada mês só de turistas estrangeiros a cidade recebe 700 mil pessoas e mais 1.3 milhão de espanhóis e turistas locais
Tasso Franco , da redação em Salvador |
06/01/2020 às 17:11
Pizza rústica para duas pessoas 10 euros (45 reais)
Foto: BJÁ
A Comunidade Valenciana na Espanha recebeu em 2018, 9.2 milhões de turistas estrangeiros e uma movimentação de turistas locais em torno de 19 milhões de pessoas. Não é a região do país que mais recebe turistas estrangeiros que, em 2018, atingiu a marca de 82.8 milhões de pessoas (Madrid e Barcelona ocupam primeiros lugares) e isso faz com que, somente na Região Metropolitana de Valencia 15.1% de todos os empregos diretos giram em torno do turismo.
Valencia poussi 2.5 milhões de habitantes e 3 milhões na RMV e tem três pontos fortes ao lado de Alicante: a costa mediterrânea (lazer, descanso, esportes náuticos), a história de 2.167 anos (turismo cultural) e a gastronomia (só em Valencia são 4.565 restaurantes, bodeguillas e café). E é sobre este ponto que vamos falar um pouco.
Desses restaurantes 1.909 são da cozinha espanhola e em quase todos eles serve-se a paella valenciana que é o prato típico local. Mas, há espanhóis do país basco (os mais sofistifcados em pescados), madrilenos, sevilhanos e galegos. A Estrela Galícia é uma das cervejas mais vendidas da cidade ao lado da Túria, a beer local.
Depois dos espanhóis a maioria dos restaurantes é de italianos (372) e mais pizzarias (205) alguns deles pontuados como os melhores da cidade; os japoneses (105), asiáticos 75, steak house 56, frutos do mar 127 e cafés 211.
É uma profuão de restaurantes por onde se anda de todos os países, mais ou menos nesta ordem: da Espanha, Itália, Japão, argentinos, árabes, indianos, mexicanos, brasileiros (poucos), coreanos, vietnamitas e peruanos.
Tem para todos os gostos e todos os preços desde os mais caros, os médios e os mais baratos. Há, ainda aquela classificação marota, de restaurantes para turistas versus os mais tradicionais ou melhores, ainda que essa classificação seja apenas folcórica.
Há excelentes restaurantes nas áreas de maior intensidade de turistas (o cento histórico) que diferencia do Brasil uma vez que os cascos antigos das cidades européias são também áreas de residência e bons locais para se comer.
O volume de negócios desses restaurantes é imenso e movimentam a economia da cidade e emprega muita gente. Curiosidade: em alguns restaurantes italianos só trabalham italianos; em turcos só os árabes; em asiáticos só asiáticos e assim por diante. Mas todo mundo, bem ou mal fala ao menos o espanhol e o inglês.
Estão entre os melhores o Gordon 10, o Navarro, o Secreto e o Manaw, mas nunca fui em nenhum deles. Ente os médios melhores o Palao Bristol Valenciano, o Kaikaya e o Giardino del Carmen e o meu predileto o San Tomasso (italiano). E entre os baratos há uma centena deles no centro as bodeguillas dos bairro El Carmen.
Não saberia precisar quanto é o movimento em euros desses negócios e quantas botellas de vinos se bebem ao dia-a-dia nessas casas, mas, são milhares ainda mais nesta época do ano, inverno.
Preços? Só posso falar dos médios e dos baratos, entre 9 euros a 17 euros cada plato, o que, convenhamos é bem mais baratos do que nos restaurantes de Salvador.
Os vinos então são muito mais baratos. Em média uma copa (taça) varia entre 3 e 5 euros; e uma botella (vino médio) entre 12 e 22 euros. Quase todos cobram o IVA 10%. As pizzarias estão sempre lotadas e os preços são mais em conta variando entre 6 e 25 euros, as menores e as maiores. (TF)