Economia

A VIDA DURA E DIFÍCIL DOS AFRICANOS CAMELÔS EM VALÊNCIA,p TASSO FRANCO

Há um jogo consentido entre a Policia e os camelôs e ninguém é preso, salvo de houver uma desobediência grave
Tasso Franco , da redação em Salvador | 23/12/2019 às 06:11
Camelôs africanos nas ruas centrais de Valencia, Espanha
Foto: BJÁ
  Um dos grandes problemas enfrentados pela Comunidade Européia é a imigração de africanos, sirios e paquistaneses para a Europa em levas crescentes muitos dos quais sem documentação alguma, em busca de uma vida melhor. É o drama em que vivem as cidades costeiras da Espanha e da Itália, em particular devido o Mediterrâneo, situação dificil de ser resolvida embora humanitária porque essas pessoas não falam as línguas desses países e não têm qualificação profissional para o trabalaho na UE.

   O que presenciamos em Valência, na Espanha, cidade a beira do Mediterrâneo e que tem um comércio pujante são dezenas deles nas ruas atuando como camelôs de produtos made-in-China, made-in-Bengeladesh, vendendo tênis, camisas, suitãs, calcinhas, perfumes e outros produtos piratas contrabandeados por redes de chineses e indianos que abastecem esses jovens da África até por consignação.

   A Policia na Espanha consente esse comércio informal e não há uma repressão firme e ostensiva com a prisão deles. Quando o veiculo da Policia chega ou passa nas proximidades dos pontos de vendas eles recolhem as mercadorias em panôs e colocam nas costas. Niguém é molestado. Depois que a Policia vai embora eles retornam aos pontos e reabrem os panôs com as mercadorias à venda.

   É um jogo de gato e rato permanente, um fugindo do outro, Eventualmente a Policia Aduaneira apreende conteineres com essas mercadorias ou dão uma busca nalgum depósito. Mas, ainda assim, isso é consentido pois sabem onde esses depósitos são estabelecidos. É só seguir os africanosque vão e voltam às ruas para reabastecer seus panôs.

   É vida dura, dificil, mas, ainda assim, segundo conversei com um jovem senegales no centro de Valencia melhorar do que morar no Senegal onde a corrupão governamentel é endêmica e não há empregos.  A luta diz-me ele que não quis se identificar e fala espanhol razoavelmente pois está há mais 13 meses em Valência é conseguir o visto de permanência na comunidade valenciana, requalificar-se e trabalhar em algo formal. Isso leva, segundo especialistas, quando se consegue o visto algo em torno de 4 a 5 anos. 

   Enquanto iaso, a alterntiva é viver na informalidade vendendo produtos piratas. Clientes não faltam. Um tênis "Adidas" que nuna loja custa 100 euros no camelô sai por 40 euros. Pode  não ser a mesma qualidade, mas,  isso pouco importa. (TF)