O que garantiu a Paulínia a liderança no ranking, segundo o IBGE, foi o peso da indústria de refino de petróleo em sua economia.
da Redação , Salvador |
14/12/2019 às 18:22
Município rico com população, em parte, pobre
Foto: DIV
A indústria de refino do petróleo mantém São Francisco do Conde entre os dez como o município brasileiro em 7º lugar com maior Produto Interno Bruto por habitante (PIB per capita) do país, posição alcançada em 2016. É o que aponta o levantamento divulgado nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Bahia tem, também, o município com pior renda per-capita no país, Novo Triunfo.
Segundo o IBGE, os dez municípios com os maiores PIB per capita em 2017 somavam 1,5% do total do PIB e reuniam apenas 0,2% da população do país. Além de Paulínia, o estado de São Paulo tinha outros dois municípios neste ranking: Louveira e Jaguariúna, respectivamente na 3ª e 10ª posição.
Em 2017, o PIB do Brasil teve alta de 1,3%, conforme os dados revisados pelo IBGE, encerrando o período de dois anos seguidos de retração econômica. Em valores correntes, ele chegou a R$ 6,583 trilhões. Já o PIB per capita registrou alta de 0,5% em relação ao ano anterior, chegando a R$ 31.833.
Veja a lista de cidades com maior PIB per capita em 2017:
Paulínia (SP) – R$ 344.847,17
Triunfo (RS) – R$ 311.211,93
Louveira (SP) – R$ 300.639,40
Presidente Kennedy (ES) – R$ 292.397,08
São Gonçalo do Rio Abaixo (MG) – R$ 289.925,44
Selvíria (MS) – R$ 271.094,70
São Francisco do Conde (BA) – R$ 253.895,58
Extrema (MG) – R$ 219.239,07
Vitória do Xingu (PA) – R$ 209.799,94
Jaguariúna (SP) – R$ 209.320,86
A indústria do petróleo também foi a atividade principal de outros três municípios entre os dez com maiores PIB per capita: Trinfo, no Rio Grande do Sul, devido à sua indústria petroquímica, Presidente Kennedy, no Espírito Santo, com a extração de petróleo, e São Francisco do Conde, na Bahia, também com a indústria de refino de petróleo. Eles ocuparam, respectivamente, as 2ª, 4ª e 7ª posição no ranking.
As atividades de Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e Indústrias de transformação garantiram a dois municípios fazerem parte deste ranking: Louveira (SP) e Extrema (MG), respectivamente na 3ª e 8ª posições.
Tendo como principal atividade econômica a geração de energia hidrelétrica, Selvíria (MS) e Vitória do Xingu (PA) ocuparam, respectivamente, a 6ª e a nona colocação.
Já São Gonçalo do Rio Abaixo, no interior de Minas gerais, foi o único município entre os dez com maiores PIB per capita com a extração de minério de ferro como principal atividade e econômica.
Já Jaguariúna (SP), que ficou na décima do ranking, tem como atividade principal a indústrias de transformação.
Cidades na lanterna
No lado oposto do ranking, os 10 municípios com os menores PIB per capita tinham como atividade econômica principal o conjunto de serviços da administração pública que representava, em média, 60% do valor adicionado bruto de cada um deles.
Dentre estes dez municípios com os menores PIB per capita, oito são do Maranhão. Mas, na lanterna do ranking ficou um município do interior baiano: Novo Trunfo.
Veja a lista dos municípios com os menores PIB per capita em 2017:
Novo Triunfo (BA) – R$ 3.285,04
Santana do Maranhão (MA) – R$ 4.348,04
Nina Rodrigues (MA) – R$ 4.484,90
Matões do Norte (MA) – 4.699,67
Satubinha (MA) – R$ 4.766,83
Cajapió (MA) – R$ 4.846,39
Itaipava do Grajaú (MA) – R$ 4.920,06
Penalva (MA) – R$ 4.932,47
Ipixuna (AM) – R$ 4.942,15
Primeira Cruz (MA) – R$ 4.979,21