Empresário Fernando Torres está indignado e diz que Sindicombustíveis é fraco
Da Redação , Bahia |
14/08/2019 às 19:42
PM presente em operação do Procon
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Colbert ataca fiscalização do Procon Estadual em postos de combustível de Feira, com uso da PM
O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, criticou uma ação do Procon Estadual, na última segunda-feira, em postos de combustível da cidade. Ele considera prejudicial para a imagem das empresas do setor o uso da Polícia Militar na fiscalização.
“O governo petista de Rui Costa está se assemelhando, com esse tipo de estratégia, a algo que ocorria no passado, na Bahia, também em fiscalização a empresas. A Receita Estadual ocupava um estabelecimento por um tempo e mantinha a PM permanentemente no local, para intimidar comerciantes”, comparou o prefeito.
Ele faz questão de frisar que o Procon da Prefeitura não participou da ação recente do órgão estadual. “Nem mesmo comunicaram nada. Se tivessem convidado este nosso serviço de defesa do consumidor, não teríamos participado nessas condições”.
Para Colbert, ao usar a PM, “que bem poderia estar em ações de combate a criminalidade, em vez de desnecessariamente acompanhar uma fiscalização a qualidade do combustível”, o Procon do Estado causou constrangimento, sem motivação justa, a empresários do setor.
“Absolutamente nada contra a PM, que foi convocada e cumpriu ordem. Mas o Governo do Estado não deveria ter ordenado essa ação tão ostensiva. A fiscalização a postos de gasolina é algo rotineiro e sempre ocorreu, nesta cidade, de forma pacífica. É como se além de uma fiscalização de rotina, houvesse algo além disso e ainda alguma ameaça a este trabalho, o que não procede”, disse ele.
FERNANDO TORRES INDIGNADO
O ex-deputado federal Fernando Torres, empresário do ramo de combustíveis, disse ao site “Acorda Cidade” que a fiscalização é importante para garantir a qualidade do produto e valores justos, mas considera a presença de policiais desnecessária e prejudicial à imagem do estabelecimento. “O que aconteceu ontem é um absurdo. Vários policiais com armas na pista do posto, parecendo que tinha um bandido lá”, reagiu.
O também empresário Raimundo Catarino disse ao site que reconhece a importância dessa ação, especialmente para combater adulterações em combustíveis e equipamentos, mas reclamou da forma como a intervenção foi feita: “Ao meu ver, isso não causa uma imagem boa para o público, uma vez que a pessoa passa para abastecer e o posto está interditado, com polícia pelo meio. Dá a entender que (a empresa) está sofrendo alguma punição”.