Com informações do Estado de Minas
Da Redação , Salvador |
30/01/2019 às 18:49
A difícil missão de encontrar corpos
Foto: EM
Em novo boletim divulgado na noite desta quarta-feira, a Defesa Civil de Minas Gerais informou que o número de mortes da tragédia de Brumadinho, na Grande BH, saltou para 99. Até o momento, 57 corpos já foram identificados pelo Instituto Médico Legal (IML). Outras 259 pessoas ainda estão desaparecidas em decorrência do rompimento da barragem 1 da mina do Córrego do Feijão. O tenente-coronel Flávio Godinho foi o responsável por passar as informações.
A decisão da Vale de desativar 10 barragens em Minas, anunciada nessa terça-feira pelo presidente da companhia, Fabio Schvartsman, vai resultar em aproximadamente R$ 220 milhões a menos nos cofres do estado anual. Segundo a secretaria de Estado da Fazenda, na prática a diminuição será de 30% na arrecadação de tributos estaduais na área de mineração.
Já em relação à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), administrada pelo Departamento Nacional de Produção Mineiral (DNPM), a redução anual será de R$ 79 milhões.
“A decisão da Vale de fechar todas as barragens de rejeitos de mineração construídas nos mesmos moldes da B1, da Mina do Feijão, em Brumadinho, e da Barragem do Fundão, em Mariana, trará impactos ambientais e econômicos ao Estado”, afirma o governo de Minas em nota.
Em 2018, segundo dados da Fazenda, o estado arrecadou R$ 48,3 bilhões em Imposto Sobre Circulação de Mercadoria e Seerviços (ICMS) totalizando os diversos setores da economia. Desse montante, R$ 661 milhões vieram só da mineração, o que corresponde a 1,4% do todo arrecadado.
De acordo com dados da Fundação Getúlio Vargas a mineração contribui com 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) de Minas, segundo dados de 2016, última atualização.