Divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), o Produto Interno Bruto (PIB) baiano ficou estável, variação em volume de 0,5%, na comparação do terceiro trimestre de 2018 com igual período de 2017. Os Impostos contribuíram positivamente na composição do PIB ao registrar alta de 0,6% no trimestre. Levando-se em conta a série com ajuste sazonal (3º trimestre de 2018 ante o 2º trimestre de 2018), a taxa foi de 0,1%. Diante da taxa acumulada no primeiro semestre mais a estabilidade do terceiro trimestre a estimativa da SEI para o encerramento do ano de 2018 é de 1,2%.
A estabilidade apresentada esta atrelada ao baixo desempenho nos três setores da economia baiana: agropecuária (0,4%), Indústria (-0,7%) e os Serviços (1,0%). No cenário nacional a taxa de crescimento do terceiro trimestre de 2018 foi de 1,3% ante o mesmo período de 2017. O valor adicionado e os impostos registraram taxa de 1,3%.
A agropecuária baiana apresentou resultado positivo de 0,4% no 3º trimestre. Segundo o calendário agrícola do estado e os dados do LSPA, as principais culturas do terceiro trimestre interferiram no resultado do setor: feijão (com queda de 35,9%); algodão (+49,8%); cana (+44,8%); e mandioca (-26,5%).
O setor industrial (-0,7%) refletiu, mais uma vez, na baixa taxa do PIB baiano. A extrativa mineral recuou 5,4%, atrelado ao posicionamento da Petrobras em reduzir suas atividades de exploração de petróleo e gás na Bahia. A construção civil caiu 4,0% e a indústria de transformação -1,4%. O destaque positivo ficou apenas para a atividade de eletricidade e água com alta de 10,7%, devido ao aumento no consumo de energia de 4,2% e da geração em quase 20,0%. Esse ganho na geração deve-se também a introdução no cálculo do PIB trimestral da energia fotovoltaicaque passa a pesar 5% na composição interna dessa atividade.
O comportamento do setor de serviços baiano que registrou crescimento de 1,0% foi determinado, em grande medida, pelo desempenho positivo do comércio (0,6%) e da administração pública (1,0%). Outro destaque positivo nesse setor foi à expansão de 2,3% das atividades imobiliárias.
No cenário nacional os grandes setores apresentaram as seguintes taxas: agropecuária (2,5%); indústria (0,8%) e serviços (1,2%).
ACUMULADO EM 2018
No período de janeiro a setembro a economia baiana registrou expansão no PIB, em volume, de 1,5% e os impostos com alta de 0,9%. Essa taxa de crescimento do PIB deve-se ao bom comportamento do setor agropecuário que expandiu 16,8% e ao setor de serviços que cresceu 1,1%, taxa positiva devido a leve recuperação na atividade de comércio (1,2%) e das taxas verificadas na administração pública (1,5%) e nas atividades imobiliárias (1,7%). Em contrapartida o baixo desempenho da indústria baiana (-0,9%) está atrelado à queda de três entre as quatro atividades que compõem o setor, com destaque para a retração da construção civil (-4,5%) e da transformação (-1,0%).
O PIB nacional acumula alta de 1,1% até o terceiro trimestre do ano. Nessa base de comparação, as taxas em volume ficaram: agropecuária (-0,3%), indústria (0,9%) e serviços (1,4%).