O volume de serviços da Bahia apresentou no ano de 2017 um descolamento em relação ao resultado do Brasil, voltando a acompanhar o ritmo nacional
SEI , Salvador |
16/11/2018 às 10:40
De acordo com os resultados da Pesquisa Mensal de Serviços, analisadas em âmbito estadual pela Superintendência de Estudos Econômicas e Sociais da Bahia, o volume de serviços da Bahia retraiu 0,6% no mês de setembro de 2018, em relação ao mês imediatamente anterior. Essa é a terceira variação negativa do ano, sendo o décimo oitavo estado a contribuir negativamente no resultado nacional (-0,3%), entre 22 unidades federativas observadas. Este resultado aponta para uma inversão do crescimento nessa análise.
O volume de serviços da Bahia apresentou no ano de 2017 um descolamento em relação ao resultado do Brasil, voltando a acompanhar o ritmo nacional a partir do mês de março de 2018. No mês de setembro (-0,6%) a Bahia inverte a tendência de crescimento e devolve, quase que integralmente, o avanço registrado no mês de agosto (0,7%). Seguindo o mesmo comportamento o Brasil saiu de uma variação positiva em agosto (1,4%) para uma variação negativa em setembro (-0,3%), essa já é a quinta variação negativa para o ano de 2018, superando as variações negativas do ano de 2017, que foram apenas três (março (-3,4%), agosto (-1,1%) e setembro (-0,2%)) conforme pode ser visualizado no gráfico acima.
ANÁLISE SETORIAL - O volume de serviços avançou 0,4% em relação ao mesmo mês do ano de 2017. Das cinco atividades, três puxaram o volume de serviços para cima, com destaque, por ordem de magnitude, as atividades: Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (7,2%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (1,8%); e Serviços prestados às famílias (0,6%). Por outro lado, as atividades de Outros serviços; e Serviços de informação e comunicação marcaram retrações de 14,4% e 9,3%, respectivamente.
O resultado acumulado do volume no ano retraiu 3,1% em relação ao mesmo período de 2017. Nesta análise, por ordem de magnitude, a atividade de Serviços de informação e comunicação (-12,8%) apontou a mais expressiva variação negativa, seguida por Outros serviços (-5,9%); e Serviços prestados às famílias (-3,7%). Em sentido oposto, as atividades de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,9%); e Serviços profissionais, administrativos e complementares (0,8%) ampliaram o volume nessa análise.
O volume no acumulado dos últimos 12 meses revelou retração de 2,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por ordem de magnitude, a atividade de Serviços de informação e comunicação (-11,6%) apontou a retração mais acentuada seguida pelas atividades de Serviços profissionais, administrativos e complementares (-7,5%); Serviços prestados às famílias (-3,2%); e Outros serviços (-3,0%). Apenas, a atividade de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (5,6%) avançou no período.
ANÁLISE DA RECEITA NOMINAL DE SERVIÇOS - A receita nominal de serviços ampliou 3,7% em relação ao mesmo mês do ano de 2017. Das cinco atividades, três puxaram a receita de serviços para cima, com destaque, por ordem de magnitude, às atividades: Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (12,2%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (5,1%); e Serviços prestados às famílias (2,9%). Por outro lado, as atividades de Outros serviços (-11,3%); e Serviços de informação e comunicação (-9,7%) marcaram retração no período.
A receita nominal, no acumulado do ano de 2018, avançou 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, com destaque para as atividades de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (7,8%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (4,5%). Por outro lado, a atividade de Serviços de informação e comunicação (-12,6%); Outros serviços (-2,5%); e Serviços prestados às famílias (-1,5%) retraíram no período.
A receita nominal, no acumulado dos últimos 12 meses, marcou expansão de 1,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por ordem de magnitude, as atividades de Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (11,6%) observou a variação positiva mais acentuada, seguida por Outros serviços (1,0%). Por outro lado, os Serviços de informação e comunicação (-11,1%); Serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,4%); Serviços prestados às famílias (-1,0%) retraíram nessa análise.
ANÁLISE REGIONAL - O resultado registrado no volume de serviços por Unidades da Federação, entre janeiro e setembro de 2018, na comparação com igual período de 2017, vinte e uma unidades contabilizaram variações negativas, com destaque para Ceará (-8,3%), Rio Grande do Norte (-7,7%), Acre (-6,6%), Tocantins (-6,5%), Amapá (-6,2%) e Pará (-6,1%). A Bahia registrou queda de 3,1% ocupando a 9ª posição entre os estados que marcaram as maiores retrações. Por outro lado, as unidades que contribuíram positivamente para o resultado nacional no volume foram: Roraima (3,4%), São Paulo (1,4%), Mato Grosso (1,1%), Santa Catarina (0,7%), Distrito Federal (0,5%) e Amazonas (0,2%).
Na mesma análise, as principais Unidades da Federação que retraíram a receita nominal de serviços foram: Acre (-5,7%), Ceará (-5,4%), Rio Grande do Norte (-4,3%), e Pará (-3,1%). Por outro lado, as Unidades que apontaram maiores variações positivas na receita foram: Mato Grosso (6,5%), Roraima (4,4%), São Paulo (4,1%), e Santa Catarina (3,9%).
ANÁLISE REGIONAL DAS ATIVIDADES TURÍSTICAS - O volume das atividades turísticas , quando comparado com o mesmo mês do ano anterior, avançou 5,5% no Brasil. Esse resultado foi impulsionado, principalmente, pelas variações positivas de Goiás (14,5%), Ceará (13,5%), São Paulo (9,6%), Pernambuco (7,3%), Santa Catarina (5,7%) e Bahia (5,1%). Em contrapartida, apenas o Paraná (-10,3%) e Rio de Janeiro (-3,1%) retraíram no período.
A receita nominal das atividades turísticas, quando comparada com o mesmo mês do ano anterior, cresceu 6,8% no Brasil. Esse resultado foi impulsionado, principalmente, pelas variações positivas observadas no Ceará (21,5%), Goiás (15,7%), Santa Catarina (11,5%), e Rio Grande do Sul (10,9%). Por outro lado, apenas o Paraná (-6,2%) e Rio de Janeiro (-1,2%) retraíram no período.