Economia

8º dia de greve: caminhoneiros protestam mesmo após anúncio de Temer

Ninguém está acreditando nas promessas de Temer
Da Redação , Salvador | 28/05/2018 às 08:00
Exército nas estradas de Goiás com pouca valia
Foto: Reuters
Apesar do pronunciamento do presidente Michel Temer na noite de sábado  para anunciar as medidas adotadas pelo governo após a reunião com os líderes dos caminhoneiros, a greve da categoria entra em seu oitavo dia nesta segunda-feira. Temer comunicou que o preço do diesel sofrerá uma redução de 0,46 centavos por litro. Em Salvador, poucos postos vendem gasolina, vários órgãos decretaram feriado, chove na cidade, as ruas estão desertas, não haverá aulas na UFBA, MP fechado, e o transporte público funciona meia-boca.

  O governo assumirá o que ele chamou de “sacrifícios no orçamento” e honrará seus compromissos sem comprometer a Petrobras. As outras novidades são três medidas provisórias que tratam da isenção da cobrança do eixo suspeito nos pedágios, a garantia de 30% dos fretes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para os caminhoneiros autônomos, e uma tabela com valores mínimos para os fretes rodoviários.

A paralisação dos caminhoneiros entra nesta segunda-feira no oitavo dia. A categoria ainda mantém bloqueios em todo o país, o que causa o desabastecimento de produtos e combustível nas cidades. Polícias estaduais, Polícia Federal e tropas do Exército negociam a saída dos manifestantes das estradas e fazem escoltas para liberar a saída de caminhões-tanque de refinarias.

O governo publicou na noite deste domingo, 27, em edição extra do Diário Oficial da União, as três medidas provisórias (MPs) para atender a novos pedidos dos caminhoneiros, que completaram uma semana parados.

Para tentar pôr fim à greve, o presidente Michel Temer cedeu e reduziu em R$ 0,46 o valor do diesel, com corte em tributos como a Cide e o PIS/Cofins.