Há desabastecimento em vários segmentos da sociedade
Da Redação , Salvador |
25/05/2018 às 07:27
Protesto em Luiziânia, Brasília
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O presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), José da Fonseca Lopes, deixou uma reunião na Casa Civil antes do término na tarde desta quinta-feira e afirmou que a entidade mantém posição de manutenção da greve dos motoristas, mas que outras entidades da categoria aceitaram suspender temporariamente a paralisação.
"Enquanto presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), não entregar projeto votado e assinado pelo presidente (Michel Temer), da minha parte não levanto o movimento", disse Lopes a jornalistas depois de sair da reunião sem que ela tivesse terminado.
ACORDO MEIA BOCA
A expectativa era que os caminhoneiros deixassem as rodovias de todo país a partir desta madrugada, já que representantes da categoria anunciaram que fecharam acordo para suspender o movimento nacional por 15 dias.
Em compensação, a Petrobras vai manter a redução de 10% no valor do diesel nas refinarias por 30 dias. Nesse período, o governo se comprometeu a buscar formas de reduzir os preços do combustível.
A negociação também prevê que o governo faça uma previsão mensal dos valores do diesel até o final do ano.
Os caminhoneiros são representados por 11 entidades, sendo que uma delas - Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que representa 700 mil caminhoneiros - recusou a proposta.
Prejuízos
A greve nacional, que começou na última segunda, afeta diversos setores da economia. Os postos de combustível reclamam de desabastecimento e os consumidores enfrentam longas filas nos estabelecimentos que ainda têm gasolina e etanol.
Os comerciantes de feiras livres também dizem que faltam produtos para vender. Os itens ainda disponíveis estão mais caros.