Perdas salariais das categorias já chegam a 18% e o governo não sinaliza qualquer reajuste e a Fetrabes está muda
Da Redação , Salvador |
07/04/2017 às 09:54
Passeata rumo a governadoria, no CAB
Foto: Sindesefaz
Sem reajusts salariais há dois anos, Servidores públicos do estado da Bahia realizaram um protesto na quinta-feira, 6. O ato começou na porta do antigo Bahia Café Hall, na avenida Paralela. Eles deram a volta no viaduto Leonel Brizola e seguiram para sede da governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Estavam reunidos servidores estaduais de várias categorias como Saúde, Justiça, fazenda, universidades e professores. Só os policiais que não participaram do protesto. Servidores querem programar manifestações maiores para tentar sensibilizar o governo.
Segundo o Sindsefaz, os fazendários de toda a Bahia realizaram uma forte paralisação das atividades na maioria das repartições da Secretaria da Fazenda do Estado, na capital e interior, inclusive nos postos montados nos SACs (Serviço de Atendimento ao Cidadão). A categoria, mobilizada pelo Sindsefaz, ignorou a ameaça do secretário Manoel Vitório, que orientou a Corregedoria da Sefaz-BA a divulgar um corte de ponto dos servidores que aderissem ao movimento paredista.
A adesão em massa dos fazendários ao movimento foi uma resposta da categoria às perdas salariais (hoje em torno de 18%), aos cortes de direitos praticados em 2015/2017, à ausência de respostas à pauta de reivindicações e ao sucateamento da Secretaria, que sofre com a resistência do governo em convocar concurso público para Agentes de Tributos e Auditores Fiscais e sem o devido investimento em equipamentos, tecnologia e condições de trabalho.
O movimento também foi uma reação à ameaça do Gabinete da Sefaz-BA, que em vez de dialogar de forma produtiva com os servidores, preferiu ignorar os problemas existentes, para orientar um corte de ponto, uma tentativa de intimidar os trabalhadores e cercear o exercício da atividade sindical.
Conselho Sindical
Agora, a diretoria do Sindsefaz vai convocar o Conselho Sindical, para uma data logo após a Semana Santa, a fim de avaliar o movimento desta quinta (06) e definir os próximos passos de campanha salarial. Importante salientar que temos um outro movimento no dia 28 de abril, a Greve Geral convocada pelas centrais sindicais, contra as reformas Trabalhista e Previdenciária. Diretoria e delegados sindicais debaterão também como vamos participar deste dia de luta unificado com outras categorias.
De imediato, o Sindsefaz vai voltar a insistir junto ao Gabinete pela retomada das negociações em torno da pauta que está com o secretário Manoel Vitório desde fevereiro de 2015. Neste momento a entidade lista oito questões que merecem atenção urgente por parte da Sefaz e do governo:
- Mudança na GDF dos técnicos;
- Retorno das diárias do Trânsito e correção do auxílio-transporte;
- Aquisição de sistemas de fiscalização;
- Melhoria das condições ambientais no trabalho, em especial nos postos fiscais;
- Convocação de concurso público para Auditor Fiscal e Agente de Tributos;
- Regularização da GF dos ATEs que não estão percebendo 110 pontos;
- Revisão das metas do PDF;
- Cumprimento das decisões judiciais transitado em julgado.