Acontece na Praia do Forte de 7 a 8 de março
EM , da redação em Salvador |
06/03/2017 às 13:06
Jubarte
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Como anfitrião de representantes de governo e pesquisadores de cinco países, o Projeto Baleia Jubarte está sediando nos dias 07 e 08 de março de 2017, em sua sede da Praia do Forte, Bahia, um workshop para a estruturação de um projeto regional latino-americano de pesquisa e conservação de baleias e golfinhos, voltado para o monitoramento da carga de poluentes nesses animais e no ambiente marinho, e em particular para o conhecimento dos níveis de mercúrio – um poluente persistente e perigoso para a natureza e a vida humana – nos mesmos.
Construído em parceria entre atores de governo, universidades e organizações da sociedade civil de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Uruguai, o projeto pretende obter recursos do GEF – Fundo Mundial para o Meio Ambiente e atender à necessidade de informação requerida pela recentemente firmada Convenção de Minamata, que visa a redução da contaminação por mercúrio no ambiente. Capaz de causar efeitos graves de longo prazo, como a deterioração do sistema nervoso e o aparecimento de deformidades congênitas, este metal pesado acumula-se também em mamíferos marinhos como as baleias e golfinhos, que podem servir assim de bioindicadores da sua presença em áreas marinhas e costeiras onde as populações humanas também se contaminam.
Além do monitoramento, o projeto pretende obter recursos para um programa de educação e conscientização pública nos cinco países sobre os efeitos nefastos do mercúrio e apontar soluções para a redução da contaminação, que tem origem em fontes como a mineração e atividades industriais diversas.
URUGUAI
Segundo o Embaixador uruguaio em Washington, Carlos Rodriguez Brianza, co-organizador do workshop com o Projeto Baleia Jubarte, “a Convenção de Minamata sobre Mercúrio foi um dos avanços mais significativos dos últimos 15 anos em termos de tratados ambientais vinculantes no âmbito das Nações Unidas, e a realização deste workshop no Brasil atesta da importância do país na temática, tanto pelos esforços da sociedade civil como pela liderança do Ministro do Meio Ambiente José Sarney Filho”.
A Coordenadora-Geral do Projeto Baleia Jubarte, Márcia Engel, ressalta que “a crescente contaminação dos cetáceos por poluentes químicos tem causado preocupação no mundo inteiro e reflete diretamente o estado de saúde dos oceanos. O workshop vai reunir governos, especialistas e sociedade civil latino-americanos para estabelecimento de um projeto que nos forneça um diagnóstico dos níveis de mercúrio que vêm sendo transmitidos na cadeia alimentar e que estão sendo acumulados pelas baleias e golfinhos, podendo comprometer sua sobrevivência. ”.
Espera-se que ainda este ano o GEF possa aportar recursos ao trabalho de monitoramento, que no Brasil deverá ser coordenado pelo Projeto Baleia Jubarte em parceria com o Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, centro de referência nacional em análises de contaminantes em baleias e golfinhos.
Sobre o Projeto Baleia Jubarte
Atuando há 28 anos na pesquisa e conservação das baleias-jubarte e do ambiente marinho no Brasil, o Projeto Baleia Jubarte, patrocinado pela Petrobras através do Programa Petrobras Socioambiental, integra a Rede Biomar juntamente com outros projetos patrocinados pela empresa (Projeto Albatroz, Coral Vivo, Golfinho Rotador e Tamar), que atuam de forma integrada na conservação da biodiversidade marinha do Brasil. O Projeto Baleia Jubarte é administrado pelo Instituto Baleia Jubarte a partir de suas sedes na Praia do Forte e em Caravelas, Bahia. Mais informações sobre as atividades podem ser obtidas em www.facebook.com/ibaleiajubarte e em www.baleiajubarte.org.br.
Para maiores informações favor contatar:
Enrico Marcovaldi – (71) 9 8127 - 8983 | 3676 - 1463
enrico.marcovaldi@baleiajubarte.org.br / eduardo.melo@baleiajubarte.org.br