Economia

Hotéis de Salvador tem em 2016 o pior desempenho dos últimos anos

A queda do número de visitantes e o desabamento do Centro de Convenções foram os fatores determinantes do aprofundamento da crise
SB , da redação em Salvador | 11/01/2017 às 22:27
Desabamento do CCB ajudou a afundar o turismo amador da Bahia
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A hotelaria de Salvador fechou o ano de 2016 com o pior desempenho dos últimos anos, com média anual de ocupação de 50,99%, inferior à média de 2015 (53,67), 2014 (55,64%), 2013 (56,27%) e 2012 (58,76%), período de inicio da pesquisa. No que diz respeito à diária, a média de 2016 (R$ 234,25) aumentou 3,7% em relação ao ano anterior (R$ 225,89), crescimento este inferior à inflação do período. 

“O turismo é uma das atividades que mais emprega na capital, mas sua dinâmica é muito sazonal. A alta estação termina junto com o carnaval e a hotelaria amarga 10 meses nos quais a queda do turismo de lazer deve ser compensada pelo turismo de eventos. O desabamento do Centro de Convenções e a falta de um trabalho sistemático de divulgação do destino fez com que muitos de nossos visitantes migrassem para outras capitais turísticas, inclusive do Nordeste. Para reverter esta situação em 2017 será preciso um árduo trabalho conjunto que deve ter início imediatamente”, pontua o presidente da ABIH-BA, Glicério Lemos. 

DEZEMBRO - Tomando-se por base apenas o mês de dezembro de 2016, a hotelaria apresentou uma taxa média de ocupação de 50% e diária média de R$ 232,79, resultando em um Revpar (indicador ponderado da diária e ocupação) de 116,40. Comparando-se com o desempenho do mesmo período do ano anterior, verifica-se queda na taxa de ocupação – que passou de 52,23% em dezembro de 2015 para 50% em dezembro de 2016 e queda de 3% na diária média (que passou de R$ 239,89 em dezembro de 2015 para R$ 232,79 em dezembro de 2016). 

Dentre os quatro polos hoteleiros da capital coube ao de Itapua/Stella Maris e Barra/Rio Vermelho o melhor desempenho e, uma vez mais, ao polo Tancredo Neves/Stiep - voltado sobretudo para o turismo de negócios - o pior.