Segmento encolhe a cada ano e greve não repercute como antes
Da Redação , Salvador |
19/09/2016 às 18:51
Terceira semana começa com os bancos fechados
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Na última sexta feira (15), os bancários recusaram mais uma proposta da Federação Nacional de Bancos (Fenaban) e decidiram continuar a greve nacional, iniciada no último dia 6 e que completa hoje (19) 14 dias, com mais de 12 mil agências e 52 centros administrativos fechados, já na terceira semana de paralisação.
Na reunião de sexta feira, a Fenaban ofereceu aos bancários reajuste salarial de 7% e abono de R$ 3,3 mil. Os bancários não ficaram satisfeitos e decidiram manter a paralisação. Segundo a Fenaban, ainda não há data para novas negociações.
Os bancários reivindicam reposição da inflação de 9,57% e mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial, no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$3.940,24), participação nos lucros, combate à meta abusiva, ao assédio moral e sexual, fim da terceirização, segurança e melhores condições de trabalho.
Na Bahia 951 agências estão fechadas. O dado foi confirmado pelo Sindicato dos Bancários da Bahia, nesta segunda-feira, 19. Ao todo o estado tem 1.232 unidades.
De acordo com o sindicato, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) insiste na proposta de reajuste de 7%, índice abaixo da inflação, de 9,62%, e do revindicado pela categoria, de 14,62%. Na última rodada que aconteceu na quinta-feira, 15, suspendeu as conversas e não agendou um novo encontro.
Ainda com informações da entidade, outros pontos que motivam a paralisação são a garantia de emprego, já que somente neste ano, o setor cortou quase 8 mil postos de trabalho, e o abono salarial proposto pela Fenaban, de R$ 3,3 mil, que não incide nas férias, 13º salário, FGTS, vales e previdência.