Economia

Contra crise comerciantes dão "abraço" na Casa do Comércio em Salvador

Economia brasileira paralisou com o governo da presidente Dilma
A Tarde , Salvador | 12/04/2016 às 11:14
Comerciantes dizem que vão quebrar
Foto: A Tarde Joyce de Souza
Comerciantes e funcionários da Casa do Comércio realizaram nesta terça-feira, 12, um "abraçaço" no prédio da instituição, que fica na avenida Tancredo Neves, em Salvador. A ação será repetida em outros comércios pelo estado, como no Shopping Salvador. Por lá, eles colocaram faixas para chamar a atenção dos consumidores.

A medida faz parte do movimento "Por um comércio mais forte", promovido pela Federação do Comércio (Fecomércio), Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Câmara dos Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL-Salvador) e Associação Comercial de Bahia (ACB).

Com camisas brancas com o slogan do movimento, o grupo pede o fortalecimento do varejo baiano para evitar falências das lojas e demissões. De acordo com as entidades representativas do setor, houve uma retração nos negócios de 10% em números nominais e de até 21%, considerando a inflação. Com isso, cinco mil lojas foram fechadas no estado em 2015 e 30 mil trabalhadores demitidos. Na capital, duas mil empresas comerciais encerraram as atividades e 18 mil perderam o emprego.

Para minimizar os impactos da recessão, comerciantes elaboraram um plano com medidas emergenciais. Eles pedem flexibilização pela Fazenda estadual da cobrança antecipada de 10% do ICMS nos produtos que chegam ao estado, lançamento de novos programas de refinanciamento (Refis), melhores condições de pagamento pelas indústrias locais, revisão pela prefeitura dos aumentos praticados para as empresas relativos ao Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU) e à Taxa de Fiscalização do Funcionamento (TFF), além de ampliação pelas operadoras de crédito de condições e taxas mais compatíveis para o consumidor, no sentido de reativar as vendas.

A expectativa é que o movimento tenha adesão de donos de lojas de rua e de shoppings, além dos trabalhadores do comércio baiano.