Economia

Engepack investe R$100 milhões na ampliação fábrica de embalagem PET

Líder no mercado de refrigerantes, quer também entrar na cerveja e no leite
SDE , Salvador | 28/01/2016 às 18:45
Lúcio José Santos, Jorge Hereda e Eduardo Carvalho
Foto: SDE
A Engepack, uma das maiores empresas do mercado brasileiro a produzir embalagens PET, vai investir R$ 100 milhões na modernização e ampliação de sua fábrica na Bahia, no Centro Industrial de Aratu, em Simões Filho. Com o aumento da produção, o número de empregos  diretos crescerá dos atuais 214 para 280. Protocolo nesse sentido foi assinado hoje (28.01), às 15h30, na Secretaria de Desenvolvimento Econômico, entre o secretário Jorge Hereda, e, pela Engepack, o diretor José Eduardo Carvalho Santos e o presidente do Conselho  Diretor, Lúcio José Santos Junior.

As embalagens PET – abreviatura de politereftalato de etileno – é o mais resistente plástico utilizado para a fabricação de embalagens destinada ao envasamento de refrigerantes, água, sucos, óleo comestível, medicamentos, e produtos de higiene e limpeza. A companhia está entre as maiores empresas do mercado nacional e conta com a capacidade anual acima de 4,2 bilhões de embalagens, sendo aproximadamente 50% de capacidade de sopro.

“Consolidada a nossa participação no setor de refrigerantes, água mineral e óleos comestíveis, buscamos agora entrar em novos mercados – cervejas, leite, dentre outras - onde o PET se configure como solução eficiente para atender as necessidades de resistência,  transparência, leveza e estabilidade térmica. Na questão da cerveja, temos ainda uma limitação técnica, porque a validade dela, em PET, é de apenas 30 dias”, explica Eduardo Santos, diretor da Engepack.

Números da Associação Brasileira da Indústria do PET, Abipet, projetam um consumo de 840 mil toneladas de embalagens PET em 2016. Para se ter uma ideia do crescimento do setor, no ano 2000 o consumo era de 255 mil toneladas. Cerca de 87% dos envases de água
 mineral no Brasil são feitos em embalagens pet, seguida de suco concentrado com 86%, e refrigerantes com 80%.

 “A Engepack é muito estratégica para a nossa indústria de alimentos e bebidas, porque é a grande transformadora de resina PET que temos na Bahia. E muitos dos clientes dela estão aqui, como Coca-Cola, Brasil Kirin, Indústrias São Miguel, Indaiá e Bunge Alimentos.  A ampliação da fábrica em Simões Filho, portanto, é uma grande notícia pra gente começar bem o Ano Novo”, diz Hereda.


GENUINAMENTE BAIANA

A Engepack é uma empresa genuinamente baiana, fundada pelo grupo Mariani em 1987. De capital nacional,  a companhia tem como acionistas dois grandes grupos da petroquímica nacional: como sócio majoritário a Pronor Petroquímica, que detém 78% das ações; e o  Grupo Unigel, com 22%. Foi a primeira indústria a produzir embalagens PET no Brasil.

A empresa é uma das principais fornecedoras de embalagens para o sistema Coca-Cola, que é líder no mercado de refrigerantes no país. Em 1991, foi responsável pela introdução no Brasil do modelo europeu de operações de sopro “in house”, ou seja, dentro da unidade
 do cliente.

PROCESSO

O processo de injeção-sopro é o mais importante e mais utilizado mundialmente na produção de embalagens PET. Neste processo, a produção de pré-formas e do sopro da garrafa são independentes, com a finalidade de aumentar a velocidade em ambos os processos. Velozes
 injetoras e sopradoras garantem o fornecimento ininterrupto de pré-formas e garrafas previamente rotuladas até a linha de envase.