Petroleiros conseguem manter direitos assegurados
Sobral Lima , da redação em Salvador |
14/11/2015 às 17:53
Poucos ganhos na greve dos petroleiros
Foto: Sindipetro
Após realização de Assembleia Geral Extraordinária, nesta sexta-feira (13/11), em frente à sede da Petrobrás (EDIBA) , no Itaigara, com duração de quase cinco horas, os petroleiros da Bahia, após intensos debates, aprovaram o indicativo da FUP de suspensão do movimento e manutenção do estado de greve. Foram 123 votos a favor do indicativo, 65 contra e 01 abstenção. Os petroleiros voltaram ao trabalho a partir das 7h deste sábado (1411).
A greve nacional, que começou no domingo (01/11) durou 13 dias e mostrou a força da categoria petroleira em todo
o Brasil. Na Bahia, a produção de óleo e gás e energia foi drasticamente reduzida. Na Rlam, Transpetro, PBIO, Fafen Termelétricas , UO-BA e demais áreas do Sistema Petrobrás a adesão à greve foi cerca de 80%.
A direção do Sindipetro Bahia avalia a greve como positiva e destaca os companheiros que participaram de forma corajosa de toda essa luta, particularmente os trabalhadores da Fafen, PBIO, unidades da Transpetro de
Jequié e Itabuna e Termelétricas.
Foram 13 dias de pouco sono, muito cansaço e luta, enfrentando a truculência e as ações antissindicais da
Petrobrás, inclusive com a agressão e prisão do coordenador geral do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, do diretor Agnaldo Soares e do fotógrafo Wandaick Costa, a mando do gerente geral da Rlam.
O coordenador geral ressalta que desde o começo a FUP e seus sindicatos afirmaram que não aceitariam
retrocesso nas conquistas dos últimos 12 anos e nenhum direito a menos, o que foi conseguido na mesa de negociação com a manutenção do nosso ACT, apesar da conjuntura atual claramente desfavorável aos trabalhadores.
Apesar do grande cansaço de 13 dias à frente do piquete de convencimento no Temadre, o diretor André Araújo, afirma
que a luta valeu a pena e parabeniza a todos aqueles que se mantiveram firmes, não se intimidaram coma as ameaças e pressões e sustentaram o movimento. Para Araújo, a categoria venceu uma grande batalha, mas que a guerra continua e vai exigir muita mobilização e união de todos os trabalhadores.