Economia

GREVE DA PETROBRAS NA BAHIA: Ato reúne entidades e repudia prisão

Ato aconteceu no trevo da resistência, em Candeias
Sobral Lima , Salvador | 05/11/2015 às 18:01
Deyvid Bacelar com Wagner Freitas e Zé Maria Rangel
Foto: Sindipetro
   O ato em apoio ao coordenador Deyvid Bacelar, realizado no Trevo da Resistência, na BA-522, KM 4, nesta quinta (0511) a partir das 7h, reuniu a direção do Sindipetro Bahia, trabalhadores, dirigentes de entidades sindicais, o coordenador geral da FUP, Zé Maria Rangel, o presidente nacional da CUT, Wagner Freitas, MST e Sindipetros de vários estados. Deyvid Bacelar foi agredido e levado preso na madrugada de terça (0311), por policiais quando exercia o legítimo direito de trabalhador e dirigente do Sindipetro Bahia. 
  
   O ato político, além de repudiar a ação da gerência da Petrobrás e de alguns policiais militares, serviu para fortalecer o movimento grevista. “O que sofremos somente nos deixou mais motivados para defender, custe o que custar, os interesses do povo brasileiro,
que é manter a Petrobrás uma empresa pública, mesmo que nossas vidas e empregos estejam em xeque”, disse o coordenador do Sindipetro e conselheiro eleito pelos trabalhadores para o CA, Deyvid Bacelar.

   Para o coordenador nacional da FUP, Zé Maria Rangel, a greve é necessária para garantir uma Petrobrás melhor e crescendo cada dia mais. Segundo ele, “a agressão sofrida pelos companheiros baianos só fortalece a luta da categoria. Não podemos acreditar nas mentiras contadas pela mídia, que está querendo o sucateamento da empresa, como ocorreu em 2003, para que seja vendida a preço de banana, assim como a criminalização dos movimentos sindicais, para que estes percam a credibilidade junto à
sociedade”. 

   Já o presidente nacional da CUT, Wagner Freitas, denunciou que a Petrobrás na Bahia utiliza de todos os meios para tentar impedir e intimidar os grevistas. Ainda segundo Wagner Freitas, “depois de mandar a polícia agredir e prender sindicalistas, a estatal, com a ajuda do judiciário baiano, conseguiu uma liminar que estipulou uma multa diária de R$50.000,00 por funcionário que seja impedido de entrar na empresa durante a greve e o bloqueio de dois milhões de reais dos cofres do Sindipetro”. A assessoria jurídica do Sindipetro já está preparando os recursos para anular todas
essas decisões.

  Participaram do ato no Trevo da Resistência o Sindipetro do Norte Fluminense, o Unificado de São Paulo e o do Rio Grande do
Norte, além do Levante Popular, Sindicato dos Rodoviários,  Sittccan, CNQ, CTB, Sindprev, Sindpec, Sindvigilantes, Sindmetropolitanos, Sindalimentação, Sindimotociclistas, Asssuba, Famaps, Marcha Mundial das Mulheres, MAB  e Consulta Popular. O deputado Rosemberg Pinto (PTe o vereador de Salvador e diretor do Sindipetro, Moisés Rocha (PT)  também participaram do ato em apoio ao coordenador Deyvid Bacelar.