Economia

CUT protesta contra prisão de dirigente do Sindipetro pela PM em SFC

Leia nota de protesto da CUT dizendo que é greve e não guerra
Sindipetro e CUT , Salvador | 03/11/2015 às 14:18
Deyvid foi algemado e levado para uma delegacia
Foto: CUT
  Na noite do dia 02 e madrugada do dia 03 da greve dos petroleiros, Petrobrás - RLAM  convoca a Polícia Militar da Bahia para tentar desestabilizar o movimento grevista.

  Sob orientação do Gerente Geral da Refinaria, que identificou o coordenador do Sindipetro Bahia e Conselheiro de Administração da Petrobrás eleito pelos trabalhadores, policiais chegaram em viaturas policiais tentando atropelar os militantes trabalhadores e dirigentes sindicais que estavam exercendo seu direito de greve. 

  Após a tentativa de atropelamento pela Polícia, Deyvid e outros dirigentes se reportaram aos condutores para solucionar o conflito, quando de forma articulada e programada os policiais levaram detido o Conselheiro e coordenador do Sindicato Deyvid Bacelar, o Diretor da CUT-Ba Agnaldo Cosme e Wandaick Costa fotógrafo que acompanha a greve e tem registrado  as práticas antissindicais da companhia.

  Minutos antes, o fotógrafo tinha registrado a tentativa de Deyvid acessar a refinaria, impedido pela segurança patrimonial da Petrobrás, o dirigente solicitou da polícia que permitisse e viabilizasse  seu acesso às instalações da empresa, o que foi negado pelos policiais.

Os trabalhadores não aceitam este tratamento e querem resposta da Petrobrás e Governo do Estado sobre este abuso de poder e autoritarismo! Diversos dirigentes sindicais acompanham a viatura da polícia militar que está conduzindo os trabalhadores à delegacia de São Francisco do Conde, cidade do recôncavo baiano onde fica sediada a RLAM

A assessoria jurídica do Sindipetro Bahia já está em deslocamento para tomar as medidas jurídicas cabíveis para garantir a liberdade e o livre exercício da greve pelos trabalhadores!


NOTA D A CUT

A CUT-BA divulgou nota de REPÚDIO contra as agressões sofridas por petroleiros em São Francisco do Conde. A Entidade defende o direito legítimo de luta dos trabalhadores e aponta para necessidade de que o governo interfira no processo; no intuito de garantir a segurança dos trabalhadores em greve.

CONFIRA A NOTA NA ÍNTEGRA:

A Central Única dos Trabalhadores da Bahia (CUT-BA), vem a público expressar sua indignação e repúdio à ação truculenta da Polícia Militar, na madrugada desta terça-feira, 03/11, em frente à Refinaria Landulpho Alves, em São Francisco do Conde, ocasião em que os petroleiros  participavam das atividades da greve nacional da categoria.

Em repúdio a ação despreparada e desnecessária dos policias que foram convocados pela gerência da RLAM - com o objetivo de impedir a realização da reunião que estava sendo realizada no portão 1 da Refinaria-,  os policiais “convocados” compareceram fortemente armados ao local dirigindo-se aos grevistas com veículos em alta velocidade, destruindo mesas e cadeiras e, consequentemente, colocando a vida dos trabalhadores em risco. “ Pararam o carro e desceram com armas pesadas em punho, exigindo que o fotógrafo entregasse o seu equipamento”, relatou o coordenador do Sindipetro Bahia Deyvid Barcelar (ver foto), preso durante a ação. Além do coordenador, foram presos também o diretor do Sindipetro e CUT Bahia, Agnaldo Soares e o fotógrafo, Wandaick Costa.

O presidente da CUT-BA , Cedro Silva, classificou a ação como “absurda e arbitrária”  e solicitou interferência da Secretaria de Relações Institucionais(SERIN), para dar tratamento adequado  a questão. “ Os petroleiros entram em greve para defender o povo brasileiro e a maior empresa do país. Não vamos aceitar qualquer tipo de coibição, seja de que instância for. A greve é um direito legitimo”, afirmou.

Cedro Silva lembrou ainda durante entrevistas concedidas à rádios locais, que a Petrobras está sendo atacada fortemente por países e multinacionais do petróleo que querem subtrair o óleo brasileiro. “ Esse plano macabro conta com a ajuda de partidos de direita e diversos oportunistas de plantão. Cenas como estas não podem se repetir; companheiros presos, algemados, agredidos fisicamente? É GREVE, NÃO É GUERRA!”, esbravejou.

Cedro Silva reiterou que a Central baiana declara apoio ao movimento dos companheiros e presta solidariedade a ategoria que, lamentavelmente, tem sido reprimida,  tolhida do direito à legítima manifestação por denunciar irregularidades e defender esse grande patrimônio nacional: a Petrobras.

A pedido do presidente da CUT, Cedro Silva, petroleiros e dirigentes Cutistas serão recepcionados na tarde desta terça-feira (03/11,  por representantes do Governo do Estado, na Secretaria de Relações Institucionais (SERIN).