Economia

GREVE PETROLEIROS: Gerência da RLAM tenta negociar efetivo em unidades

Não houve troca de turno na RLAM
Sobral Lima , Salvador | 02/11/2015 às 11:07
Entrada de trabalhadores está bloqueada pelos sindicalistas
Foto: Sindipetro
  Nesta segunda (0211), segundo dia de greve dos petroleiros na Bahia, não houve a troca de tuno pela manhã na RLAM, através do convencimento dos diretores do sindicato. Em razão disso, a refinaria só tem uma turma e meia trabalhando e a gerência foi obrigada a procurar o sindicato para negociar o efetivo dessas unidades.

  Segundo o coordenador geral do Sindipetro, Deyvid Bacelar, apesar desse interesse da gerência em negociar, isso só poderá ser feito conjuntamente com a discussão sobre a cota de produção e com o comando de greve, sob a responsabilidade do coordenador da FUP, Zé Maria Rangel.

 m  No primeiro dia de greve (0111), a direção do Sindipetro Bahia barrou diversas manobras realizadas pela gerência da Petrobrás para furar os bloqueios realizados pelo sindicato, muitos deles colocando em risco a segurança dos trabalhadores e trabalhadoras e da própria empresa.

   Como nas greves anteriores, eles estão permitindo a abertura das cercas que protegem as unidades, para a entrada de alguns pelegos. Para Deyvid Bacelar, coordenador geral do sindicato, essa é uma atitude muito perigosa. “Com a abertura desses espaços, além de comprometer a segurança do patrimônio, os trabalhadores ficam vulneráveis a ações de ladrões, estupradores e assassinos”, lembra Bacelar.

  Na RLAM foi feito o bloqueio no Trevo da Resistência e as 3ª e 5ª turmas que chegaram na refinaria às 7h e às 15h não trocaram os turnos e foram convencidos pelos diretores do Sindipetro a retornarem para suas casas. A Petrobrás, numa atitude desumana, não liberou de imediato o retorno dos ônibus, mantendo-os até as 10h30 e 17h30, comprometendo o descanso e a alimentação dos rodoviários que estavam trabalhando desde as 4h.

  O sindicato também montou barricadas nas unidades de Candeias, Pbio, Temadre, Taquipe, Ativo de Produção Norte, Fafen e nas termoelétricas. 

   Na greve por tempo indeterminado, em Defesa da Petrobrás e do Brasil, a direção do Sindipetro Bahia conta com o apoio do MST, Sindicato dos Rodoviários da Bahia, da Central Única dos Trabalhadores, Comunidade Quilombola de São Braz e dezenas de dirigentes sindicais de outras entidades.