Criada em 2004, a Coopalm orienta técnica e financeiramente agricultores familiares que cultivam palmito de pupunha.
Fundação Odebrecht , Baixo Sul |
02/11/2015 às 19:12
Parte dos condelheiros da Coopalm com Delcy Machado (ao centro)
Foto: FO
“Servir e cooperar são ações indissociáveis”. É assim que Josimar Cícero, líder da Cooperativa dos Produtores de Palmito do Baixo Sul da Bahia (Coopalm), define a sua visão de cooperativismo. Como ele, outros 13 cooperados têm a responsabilidade de representar os interesses dos produtores associados e garantir o bom funcionamento da Coopalm, nas normas da lei, por meio dos Conselhos de Administração e Fiscal.
Raimundo Santos, de Ituberá (BA), foi um dos sócios fundadores e assumiu a presidência da Coopalm em 2009. Além da transformação social e econômica ocorrida em sua vida, ele viu e contribuiu para que os demais cooperados ganhassem força com a agricultura. “Pessoas que não tinham como gerar renda, hoje conseguiram se estabilizar. Isso porque tiveram acesso ao conhecimento adequado”, diz. No Conselho de Administração, o agricultor é um exemplo de liderança e do exercício pleno da essência do cooperativismo, em que a união faz a força. Para ele, ser um dos representantes dos produtores é motivo de orgulho. “Temos um papel muito importante e buscamos sempre o melhor para todos”, reforça.
O Conselho de Administração assume as decisões sobre os interesses da cooperativa e de seus associados nos termos da legislação, do Estatuto Social e das determinações da Assembleia Geral. Já o Conselho Fiscal é o órgão da estrutura de governança que atua como fiscalizador das ações desenvolvidas pelo Conselho de Administração e sua estrutura operacional. Todos os conselheiros são eleitos pela Assembleia Geral e devem ser associados.
Antônio Maia, 39 anos, integra o Conselho Fiscal da Coopalm há 3 anos. Cooperado desde 2001, a produção de palmito de pupunha foi para ele, além da primeira fonte de renda, o combustível das mudanças em sua forma de ver o mundo. “Me sinto uma pessoa mais preparada”, disse. Para atuar no Conselho, Maia buscou cursos e oficinas de capacitação. “Tudo para garantir que a nossa cooperativa atinja seus objetivos. Uma atribuição que também agrega o meu desempenho como agricultor”, finaliza.
Criada em 2004, a Coopalm orienta técnica e financeiramente agricultores familiares que cultivam palmito de pupunha. Em quantidade e com qualidade, as hastes são beneficiadas na indústria, setor da Cooperativa que produz o palmito em conserva Cultiverde e de marcas próprias de grandes redes varejistas, e depois comercializadas. Em 2014, os cooperados da Coopalm produziram 2.459.211 hastes de pupunha, o que equivale a 366 toneladas de palmito.