Projeto defendido pelo Governo da Bahia como essencial para resolver a questão hídrica no Norte do estado, o Canal do Sertão, foi tema de uma audiência realizada nesta quarta-feira (5), no Ministério do Planejamento, com a participação do secretário estadual de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Cássio Peixoto, do Secretário do Programa de Aceleração do Crescimento, Maurício Muniz, do presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Felipe Mendes, do representante do governo baiano em Brasília, Jonas Paulo, e de representantes do ministério da Integração Nacional.
O secretário Peixoto assinalou a Maurício Muniz a necessidade desse projeto para a Bahia, mesmo diante do cenário de ajustes do governo federal, e pediu que os passos necessários para a conclusão do anteprojeto sejam dados o quanto antes. “Essa é uma missão que o governador Rui Costa deu para a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e sabemos da importância que o Canal do Sertão tem, não é um simples canal de irrigação. É um canal de desenvolvimento e, por ser de desenvolvimento, a Bahia tem todo interesse de que se inicie o mais rápido possível”, enfatizou.
Durante a reunião, eles estudaram a concepção geral do canal, focando na necessidade de recursos para a conclusão dos trabalhos pendentes, que viabilizaram a obra. De acordo com o secretário Peixoto, o Canal do Sertão está orçado em R$4,9 bilhões e beneficiará 44 municípios baianos. Sua finalidade é prioritariamente o abastecimento humano, contribuindo também para dessedentação animal, sustentabilidade para atividades da pecuária e indústrias locais, a exemplo de abatedouros. A obra deve percorrer mais de 300 quilômetros. O retorno dado pelo secretário Muniz é que a equipe técnica do ministério analisará a documentação entregue nesta quarta e dará um posicionamento o quanto antes ao governo da Bahia.