Economia

SIHS analisa etapas para implantação das centrais de abastecimento

Apresentação rica de dados foi feita pelo gerente de Saneamento Rural da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cajece), Helder Cortêz
Fernanda Chagas , Salvador | 21/07/2015 às 14:51
Apresentação da SIHS
Foto: Divulgação

Seguindo orientação do governador Rui Costa de dar sustentabilidade aos sistemas de abastecimentos de água, doados às prefeituras municipais a Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS) realizou nesta segunda-feira (20) a segunda rodada de negociação em prol do fortalecimento das Centrais de Associações Comunitárias para Manutenção de Sistemas de Saneamento. Técnicos da SIHS conheceram de perto o modelo de sucesso implementado no Ceará desde 1991 e na ocasião foram apontados os caminhos para que o projeto alavanque na Bahia, a começar pelo levantamento de critérios para implantação de novos projetos, já esboçados. 

Apresentação rica de dados foi feita pelo gerente de Saneamento Rural da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cajece), Helder Cortêz. Segundo ele, foi primordial no Ceará a criação do Sisar, (Federação de Associações que operam o sistema com autossuficiência). “E hoje já existem oito centrais, duas com sede própria que administram 152 mil famílias, o que equivale a 500 mil cearenses”, explicou.

Mais além, Cortêz frisou que o faturamento é de R$ 14.577.631 milhões e que a eficiência de arrecadação é de 97%, cuja inadimplência em 2014 foi de 3%, a maior dos últimos anos (em 2013 foi de 1,65%). “Ou seja, não se trata apenas de melhorias na saúde, qualidade de vida e no social, mas de um modelo eficiente que veio para ficar e mudar a realidade do saneamento aonde for implementado”, fez questão de frisar. 

A explanação, conforme destacou o secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento, Cássio Peixoto, foi de suma importância para a Pasta dar largada à fase de identificação das áreas onde novas centrais serão instaladas na Bahia, permitindo assim que a Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) e a Companhia de Engenharia Ambiental e Recursos Hídricos da Bahia (Cerb) se debrucem em grandes intervenções.  “E, consequentemente, as zonas rurais mudem suas realidades, dando fim ao abastecimento através de carros pipas ou água sem o devido tratamento”.

Peixoto lembrou ainda que na semana passada sentou-se à mesa com o diretor-superintendente do Sebrae, Adhvan Furtado avaliando modelos para gerenciamento dessas unidades como micro empresas. “Nosso desafio junto ao saneamento rural é enorme e, exatamente por isso, queremos que esse modelo das Centrais de Associações Comunitárias ganhem perfis empresariais sólidos e que possam, num futuro próximo caminhar sozinhos, oferecendo capacitação, emprego e renda para as regiões dispersas”, disse, ressaltando que há também a possibilidade de aportar recursos para as centrais via Agência de Fomento, a exemplo do Desenbahia instituição que já manifestou interesse em estabelecer parceria com a SIHS. Por fim, o secretário reforçou que as centrais terão todo o apoio do governo por meio da Cerb, Agersa, Embasa e consultores disponibilizados pelo Sebrae.