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Sobral Lima , Salvador |
20/07/2015 às 15:55
Assembleia em canteiro
Foto: DIV
Seguindo indicativos da FUP, os petroleiros da Bahia aprovaram nas assembleias realizadas no período de 13 a 17 7, em todas as áreas, greve de 24h na próxima sexta (24 7), estado de greve, assembleia permanente e uma taxa assistencial de 2% para a campanha em Defesa da Petrobrás e do Pré-sal. Até o dia 23, véspera da greve, haverá paralisações nos prédios administrativos e nas áreas de Exploração e Produção. A greve ocorre em todo o país.
O coordenador do Sindipetro Bahia, Deyvid Bacelar, ressalta a necessidade de união dos petroleiros e da importância da aprovação da campanha para defender a Petrobrás e o Pré-sal, assim como da luta que a FUP e sindicatos, juntamente com a categoria, terão que enfrentar contra a venda de ativos e a diminuição dos postos de trabalho, que já pode ser sentida em alguns setores, a exemplo das sondas terrestres.
FUP e Petrobrás
Na última quarta (15 7), foi iniciada a campanha reivindicatória dos trabalhadores do Sistema Petrobrás, na sede da empresa, no Rio de Janeiro, quando a FUP fez a defesa da pauta política unificada aprovada pela categoria na 5ª Plenafup e protocolada no dia 07/07.
A FUP exigiu um posicionamento público e por escrito da Petrobrás sobre a sua capacidade de operar o pré-sal através da lei 12.351/2010 (Lei da Partilha). A Federação ressaltou que a omissão da empresa sobre esta questão se contradiz ao Plano de Negócios e Gestão da companhia para 2015/2019, que apresenta diversas metas de produção e tem como prioridade explorar o pré-sal.
A Federação deixou claro que para o movimento sindical é inaceitável que representantes da empresa depreciem publicamente os ativos da empresa, como tem acontecido durante as audiências públicas realizadas no Senado Federal, onde foram debatidas questões sobre o PLs 131, de autoria do senador José Serra (PSDB – SP), que visa tirar da Petrobrás o papel de operadora única do pré-sal.
Durante a apresentação da pauta, a FUP afirmou com veemência que os petroleiros não aceitarão nenhum tipo de retrocesso nos direitos adquiridos pela categoria nos últimos 12 anos. A Federação ressaltou que exatamente por este motivo, a pauta política em Defesa da Petrobrás e do Brasil foi aprovada por unanimidade pelos petroleiros na 5ª Plenária Nacional dos Petroleiros. Para os trabalhadores do Sistema Petrobrás, as questões macros da política de investimento da empresa, que envolvem intimamente a exploração do pré-sal, são as bases de sustentação para que não ocorra um retrocesso nos avanços salariais e benefícios duramente conquistados pelos petroleiros nos últimos anos.
“Essa campanha não se resolve com reajuste salarial ou abono”, afirmou o coordenador da FUP, José Maria Rangel. Ele também deixou claro que os resultados das assembleias que aprovam o indicativo da FUP e seus sindicatos de paralisação de 24h n dia 24/07, deve alertar a empresa antes de tentar calar a boca da categoria com abonos. “Essa campanha já se inicia num patamar diferenciado para nós, porque ela é política. Entendemos o momento de gravidade da empresa e também sabemos que podemos contribuir com o Plano de Negócios da Petrobrás. por isso, não subestimem nossa capacidade de mobilização”, disse