Preço de uma garrafa varia entre R$8,00 e R$10,00
Tasso Franco , da redação em Salvador |
21/05/2015 às 10:34
São João movimenta a economia familiar e milhares de pessoas no estado da Bahia aproveitam essa época do ano para ganhar um capilé extra. São inúmeras as licoristas no interior, quase sempre mulheres, que 'fabricam' licores caseiros e fazem a alegria dos seus clientes nessa época do ano.
Em Serrinha, diz-se que o melhor licor da cidade é feito por dona Antonia Leda, uma senhora que reside na Rua Bela Vista, bairro da Santa, e produz uma variedade de licores de dar água na boca. Aceita encomendas para a capital: 75.3261.2612.
Tem pelo menos umas dez variedades - jenipapo, cajá, tamarindo, laranja, cacau, cupuaçu, maracujá, passas, banana e jabuticaba - com preços que vairam entre R$8,00 e R$10,00, somente à vista. A licorista não vende fiado, nem no cartão.
E tem um detalhe: ela só produz uma infusão por ano e quando acaba uma dessas especialidades, o feguês só vai encontrá-la no ano seguinte. Nada de arremedo, de um arranjo. O licor é de alta qualidade, um ano de infusão, coado no algodão.
TRADIÇÃO DO LICOR
O licor é uma tradição junina e São João do bom só com licor, fogueira, canjica, bolo de aipim, amendoim cozido, vulcão, traque de massa, 'bufa de véi' e assim por diante. Esses São Joões que estão disseminando na Bahia com pagodeiros e música axé não estão com nada, salvo para fazer a alegria dos prefeitos e dos forrozeiros.
Em Serrinha, além de dona Leda tem outras senhoras que produzem licores. Em Santa Bárbara, também. Em Cachoeira, nem se fala. Cada município tem mais de uma licorista.
Na capital, onde o São João é fracativo também existem boas licoristas, incluindo as freiras carmelitas.