COM INFORMAÇÕES DA AG SEBRAE
Daniele Crsinte/Ag SEBRAE , da redação em Salvador |
12/03/2015 às 20:23
Av Sete 100 anos com este nome
Foto: João Alvares/ASN
Prestes a completar 100 anos, em 2016, a Avenida Sete de Setembro tem a sua história misturada a dos soteropolitanos. As esquinas e travessas no seu entorno guardam lembranças familiares da relação entre a população e o comércio local. “Vivencio a comunidade, conheço os moradores e os empresários. Não chamo de concorrentes, somos parceiros”, contou Luiz da França, do São Luiz Armarinho. Convocando esta união do empresariado da região foi realizada nesta quarta-feira, 11, no auditório do Sebrae Bahia, a apresentação das ações do Programa Território Empreendedor – Centro. A iniciativa é da Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), em parceria com o Sebrae, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Salvador.
O Sebrae será responsável pelas capacitações voltadas para as áreas de gestão e empreendedorismo e o objetivo é manter uma relação estreita entre todos os envolvidos. “Visitaremos cada um dos estabelecimentos aqui presentes. Será um trabalho imediato”, anunciou a técnica do Sebrae, Idimara Dantas, que realizará diagnóstico e levará ao empreendedor a capacitação necessária ao desenvolvimento do território. “Quero que, quando as mudanças estruturais na Avenida Sete estiverem prontas, as empresas também estejam estruturadas para receber estas novidades”, afirmou.
Concluída a fase de ordenamento de ambulantes da região, que incluiu 913 vendedores, esta segunda etapa trabalhará os problemas enfrentados pelo comércio. A solução encontrada pela Semop foi unir Governo, sociedade civil organizada e iniciativa privada em um programa mais amplo, de revitalização do Centro. “Deixou de ser um projeto de ordenamento público para ser um projeto de desenvolvimento territorial”, explicou Rosemma Maluf, secretária de Ordem Pública. Segundo ela, o objetivo é promover a requalificação urbana e o desenvolvimento socioeconômico do território, que também compreende a Rua Carlos Gomes, a Avenida Joana Angélica, a Baixa dos Sapateiros, o Largo Dois de Julho e entorno.
Para isso, o encontro convocou o engajamento de empreendedores como Luiz. À frente do negócio de família, fincado na região desde 1958, só ele mobilizou cerca de 10 empresários da região para comparecerem à reunião, que contou com um auditório lotado, onde também estiveram presentes representantes de governanças do projeto, como a Polícia Militar e universidades. O próximo passo do programa será a formação de redes empresariais por segmento de atuação, como moda ou hotelaria, que discutam as demandas específicas de seu setor. Esses debates serão levados a um grupo representativo do empresariado como um todo, que alinhará com os representantes do programa as ações que serão realizadas.
Na pauta de trabalho, já estão listadas ações como o São João da Avenida Sete e a criação de um roteiro gastronômico, que contemple os bares e restaurantes distribuídos na região, após a devida capacitação destes empreendimentos. O programa pretende, com isso, não só atrair a população baiana, mas também turistas. “A Avenida Sete é um grande shopping, mas hoje cada empresário trabalha isoladamente”, avaliou Rosemma, que defendeu a melhora da infraestrutura e dos serviços ofertados. “Hoje, o consumidor quer experiência. E o turista gosta de conhecer estes lugares peculiares”.
Em apoio ao programa, a gerente do Senac, Aparecida Sena, reforçou que as unidades localizadas na Praça da Sé, Rua Chile, Pelourinho e Aquidabã terão atividades integrando a capacitação dos empresários locais. Já Alberto Nunes, vice-presidente da CDL de Salvador, aproveitou a oportunidade para abordar o acesso a crédito, um dos eixos de desenvolvimento que serão abordados ao longo do trabalho de revitalização da região.