VIDE
A Tarde , Salvador |
18/11/2014 às 09:09
Sérgio Gabrielli é secretário de Planejamento do governo da Bahia
Foto: DIV
O Conselho de Administração da Petrobras decidiu na sexta-feira, 14, encaminhar pedido de abertura de ação civil contra 15 funcionários, incluindo José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da estatal, e Nestor Cerveró, o ex-diretor da área Internacional, além de dois estrangeiros. A decisão é devido à polêmica compra em 2006 da refinaria de Pasadena, no Texas, responsável por um prejuízo de US$ 792,3 milhões.
Gabrielli, atual secretário do Planejamento da Bahia disse, através de sua assessoria de imprensa, que só vai se pronunciar sobre o pedido do Conselho de Administração da estatal, quando tomar conhecimento formal do que está sendo acusado. Por enquanto, só soube do caso pela imprensa
A informação sobre a decisão do Conselho é do colunista Ancelmo Gois do jornal O Globo e não foi desmentida pela presidente da Petrobras Graça Foster que concedeu entrevista ontem em São Paulo. No entanto, ela se recusou a esclarecer o caso. "Não vou comentar qualquer decisão do Conselho de Administração", limitou-se a dizer a executiva.
Conforme Graça Foster, a estatal adotará as medidas jurídicas cabíveis para reaver eventuais valores perdidos pela companhia em casos de corrupção, mas não deu detalhes de quais medidas pretende adotar, já que a divulgação de tais informações poderia dar origem a ações contrárias ao trabalho de apuração da estatal. "Temos medidas jurídicas em curso para situações de ressarcimento de supostos recursos, sobrepreço e eventuais valores desviados", revelou a executiva. Graça classificou como um "amadurecimento da companhia" as medidas de governança adotadas após as denúncias de corrupção na empresa.
Ela citou cerca de 60 ações que estão sendo implementadas pela gestão, além do estudo para criação de uma nova diretoria específica sobre o tema. Segundo a executiva, a "grande meta da companhia é a prevenção". "Grande parte das ações são aprimoramento de atos de gestão de padrões que já existiam e vieram à luz nos últimos anos. Alguns já estão implantados desde 2012. Até para implantar, e medir a eficácia disso leva tempo", "É o amadurecimento de uma companhia que foi necessário resgatar isso para que a gente tenha muito mais que o dever de punir, evitar que aconteça de novo. A prevenção é a grande meta".