Economia

EDUCA: Secretário fala das dificuldades da mão-de-obra especializada

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Ascom Setre , Salvador | 08/11/2014 às 19:31
Na abertura da 18ª edição do Congresso Internacional de Educação - “Aprendo”, realizada na noite de sexta-feira, 7, em Santo Domingo, na República Dominicana, no Caribe, o secretário do Trabalho da Bahia e presidente do Fórum Nacional de Secretarias Estaduais do Trabalho, Nilton Vasconcelos, disse que “não há ocupação para todos. E muitas vezes, quando existem oportunidades de emprego, não se encontra trabalhadores que preencham o perfil profissional requerido pelas empresas. Todos os países enfrentam este problema, sejam economias mais frágeis, países em desenvolvimento ou já desenvolvidos”, afirmou.

Dirigindo-se a estudiosos do tema, gestores públicos, empresários, trabalhadores e, especialmente, jovens, o
secretário baiano agradeceu o convite para falar e destacou que “os governos nacionais buscam soluções que garantam uma inserção produtiva aos jovens, para que eles sigam com a esperança de construir uma sociedade nova, que atenda às aspirações crescentes de justiça, de cidadania plena e de uma vida melhor”. 


Experiência - Falando não apenas na condição de professor pesquisador, mas, principalmente, a partir da experiência acumulada nos últimos oito anos, exercendo as funções de responsável pela
política de trabalho, emprego e renda na Bahia, Nilton Vasconcelos afirmou que “educação, formação profissional, mercado de trabalho, reestruturação produtiva e desenvolvimento econômico são temas que se relacionam profundamente à condição da juventude nos dias atuais”. 


Em seguida, acrescentou: “cada geração enfrenta problemas que são característicos do seu tempo, do
estágio de desenvolvimento de seu país. Os valores e desejos de autonomia, de crescimento como pessoa e como profissional podem ser os mesmos em muitos aspectos. As circunstâncias e problemas concretos, no entanto, são específicos, tem particularidades”. 


O secretário do Trabalho da Bahia reconhece que o acesso ao mercado de trabalho tem sido cada vez mais
difícil para os jovens. “Este é o dilema em que se encontra a nossa juventude em todo o mundo, com distintas ênfases entre as nações. Também nós, gestores públicos que temos responsabilidade direta no assunto, enfrentamos o desafio de encontrar uma solução para o problema”. 

Reflexão local - O Brasil, que nos últimos dez anos criou mais de 20 milhões de empregos formais, baixando a taxa de desemprego a 5%, foi alvo de reflexão do secretário baiano. “A taxa do desemprego juvenil corresponde ao dobro da média nacional. Contudo, observa-se, nos últimos dois anos, uma tendência à redução dos saldos de emprego, ainda que a taxa de desemprego siga caindo”, avaliou. Nilton Vasconcelos disse, ainda, que, neste mesmo período, entretanto, foi ampliada de forma significativa a política de formação profissional e de cursos de capacitação, tendo sido aprovada uma lei que destina mais 50% dos royalties e rendimentos obtidos com a exploração do petróleo das enormes jazidas do pré-sal para a educação.