O Fórum Independente dos Sócios, Amigos e Colaboradores do Hospital Espanhol (FISACHE) reúne pessoas comprometidas em preservar os direitos dos 4.470 associados, discutir e propor soluções para a crise vivenciada pela instituição. O Hospital Espanhol (HE) foi fundado em 1885 por 124 membros da comunidade espanhola na Bahia e tornou-se um dos principais centros de saúde do Estado, com 270 leitos hospitalares, sendo 60 em UTI para adulto e 40 em UTI Neonatal. “Desejamos contribuir para que o HE supere este momento difícil e volte a prestar serviços de saúde à população”, declara Alberto Lorenzo, membro do FISACHE.

 

A Real Sociedade Espanhola de Beneficência (RSEB), conhecida pela população da Bahia como Hospital Espanhol, foi criada com objetivos humanitários de promover o amparo social e socorrer espanhóis enfermos e necessitados, ampliando, ao longo da sua história, a assistência aos baianos. A RSEB, com o passar dos anos, tornou-se a mais importante instituição espanhola do Estado e foi reconhecida como de Utilidade Pública Estadual já em 1925. O título de Real Sociedade, concedido em 1911 pelo Rei da Espanha, S.M. Alfonso XIII, foi importante para a integração dos espanhóis com a sociedade baiana.

 

De acordo com Renato Leiro, integrante do fórum, a crise atual é a pior da história da instituição, que fechou suas portas ao atendimento público e foi preciso a intervenção do Governo do Estado da Bahia, que decretou o hospital como bem de utilidade pública. O FISACHE nasce para acompanhar todo esse processo e cuidar dos interesses dos associados e funcionários. “Como ficam os 4.470 sócios que contribuíram ao longo dos anos e confiaram na perenidade da instituição para ampará-los no momento mais frágil da vida do ser humano, na doença? E os funcionários?”, questiona Manolo Muiños, também participante do fórum.

 

O FISACHE, além de discutir e elaborar propostas para garantir a preservação dos direitos dos sócios, pretende despertar a consciência de todos os baianos para a importância do HE. Pelo Hospital Espanhol, patrimônio da saúde da Bahia, Irmã Dulce iniciou a sua vida de assistência aos doentes. A instituição também teve a honra e a glória de ter como diretores clínicos os ilustres doutores Edgard Santos, Luiz Fernando Macedo Costa, Fernando Filgueiras e Valdir Medrado. “Devemos encampar esta luta para que a instituição continue a sua história de excelência na prestação de serviços de saúde à população”, conclui outro integrante do fórum, Fernando Barreiro.