Economia

Portos baianos em alerta contra o ebola, segundo nota da Codeba

Veja nota da Codeba
Ascom Codeba , da redação em Salvador | 13/08/2014 às 09:55
 

Os portos públicos baianos, Salvador, Aratu-Candeias e Ilhéus, estão em alerta permanentes como medida preventiva ao surto de ebola que atinge países do Oeste da África. A medida segue as determinações do Ministério dos Portos e as diretrizes da Organização Mundial de Saúde, Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para o controle da doença.

 O esquema de alerta envolve, além da Anvisa, toda a estrutura portuária, orientada sobre as formas de identificação e procedimentos a serem adotados no caso de casos de passageiros ou tripulantes que venham a apresentar os sintomas da doença. É importante registrar que, com base nas evidências disponíveis até o momento, a OMS não recomenda triagem extraordinária nos pontos de entrada ou restrições de comércio ou viagem a áreas afetadas pelo vírus.


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclareceu em nota que segue as diretrizes da OMS e do Ministério da Saúde para o controle de doenças. A área de portos, aeroportos e fronteiras da Anvisa adota protocolo internacional para detecção e isolamento de casos suspeitos, tal como já ocorreu com a SARS, Influenza A(H1N1) e Antrax.

Como medida preventiva, as áreas da Anvisa em portos, aeroportos e fronteiras se mantém em estado de alerta para eventos de saúde relacionados a viajantes. Assim, caso necessário, os planos de contingência já existentes para Emergências de Saúde Pública serão ativados.

O Plano prevê o registro e controle das atividades quando da ocorrência de um caso suspeito; a imediata operacionalização das ações previstas no Plano Operacional, Plano Emergencial de Gerenciamento de Resíduos provenientes de Embarcações e Plano de Manejo de Avifauna - todos constantes no Plano Específico de Contingência à Influenza - e ainda o cadastro das autoridades e responsáveis pelo porto e das demais entidades envolvidas.

Segundo informações da OMS, o risco de infecção para quem viaja para os países comprovadamente afetados com vírus Ebola, até o momento, é considerado muito baixo, a menos que ocorra contato direto com pessoas ou animais (doentes ou mortos) infectados. A transmissão do vírus resulta de contato direto com fluídos ou secreções corporais de indivíduos infectados. Portanto, o risco maior de infecção está associado à exposição desprotegida, sobretudo nos ambientes hospitalares.

 

INFORMAÇÕES BÁSICAS

 

Há um Plano de Contingência Geral Para Emergência em Saúde Pública nos Portos e a Anvisa estabeleceu, além desses procedimentos, um Plano de Contingência específico em relação ao Ebola, seguindo as diretrizes determinadas pela Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde.

O plano orienta sobre a identificação dos casos suspeitos, formas e riscos de transmissão, procedimentos dos profissionais da área de saúde e a interação entre os diversos órgãos responsáveis pela prevenção da doença em todo o território nacional, assim como os procedimentos de tripulantes e autoridades portuárias no caso de identificação de algum caso suspeito.

O plano estabelece também a necessidade de priorizar para a opinião pública, as informações em relação a doença e as ações preventivas.
 

INFORMAÇÕES BÁSICAS SOBRE A DOENÇA


O surto está ocorrendo em alguns países africanos (Libéria, Nigéria, Serra Leoa e Guiné)
A transmissão somente ocorre através do contato direto com os fluidos corporais de uma pessoa ou animal infectado e com sintomas.
Sintomas: febre súbita, calafrios e dores musculares.
Identificação de caso suspeito: Passageiro originado dos países africanos nos últimos 21 dias ou que tenha tido contato com pessoa originada dessa região e que apresente os sintomas da doença.
Procedimentos em casos suspeitos ocorridos em navios: A tripulação deve manter isolada a pessoa suspeita de contrair a doença; evitar contato próximo e utilizar luvas descartáveis e aventais para atendê-la; lavar as mãos frequentemente; comunicar imediatamente o caso às autoridades sanitárias.
Hospital Referência – Na Bahia o hospital referência para receber suspeitos da doença é o Couto Maia em Salvador.