No mesmo dia em que anunciou o início das operações da fábrica alemã de cabos industriais, a Lapp Group, em Camaçari, com investimentos de R$ 50 milhões e geração de 180 empregos diretos, o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, representou o governador Wagner na inauguração de outra indústria alemã, a Knauf, que vai produzir placas de drywall (gesso acartonado) para a construção civil, no Polo Industrial de Camaçari, com investimentos de R$ 150 milhões, 100 empregos diretos e uma área de 157 mil m2.

Para a solenidade de inauguração da fábrica baiana, vieram da Alemanha o presidente da companhia, Alexander Knauf, o presidente do Conselho, Baldwin Knauf, e o diretor regional para Europa e América do Sul, Serge Azais. Estava também presente ao evento o prefeito de Camaçari, Ademar Delgado.

O diretor-geral da Knauf no Brasil, Günter Leitner, explicou que a Bahia foi escolhida para a implantação da unidade por causa de razões estratégicas. “Além de termos o apoio e o empenho do governador Jaques Wagner, o Estado reúne excelentes condições logísticas para atender aos consumo crescente das regiões Norte e Nordeste. E desfruta de um ótimo ambiente empresarial, com facilidade de fornecimento de água, gás, luz, proximidade ao porto e mão-de-obra qualificada”, disse Leitner.

Para o secretário estadual da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, Camaçari se destaca por sua infraestrutura e o seu posicionamento estratégico. “Até 2007, o Polo Industrial de Camaçari somava investimentos da casa de US$ 11 bilhões. De lá para cá, o Polo foi recuperado, recebeu  requalificação da sua infraestrutura e mais US$ 12 bilhões em investimentos privados, ou seja, mais do que foi feito em 30 anos. A duplicação do sistema BA-093, por exemplo, era uma aspiração de três décadas, só realizada pelo Governo Wagner”, aponta Correia.

MERCADO POTENCIAL

Formado por mais de 26 empresas e presente em mais de 70 países, o grupo Knauf escolheu o Nordeste foi para sediar a sua segunda unidade industrial no Brasil (a outra é no Rio de Janeiro) por causa do grande potencial de crescimento do mercado da construção civil na região. A fábrica baiana vai aumentar em 80% a capacidade de fornecimento da companhia, produzindo 45 milhões de m2 de drywall – chapa de gesso, envolta em uma folha dupla de papelão especial. 

O drywall substitui insumos como tijolo e cimento na construção civil proporcionando rapidez e um resultado final superior, inclusive de isolamento acústico e climatização. Em 2013, o Nordeste registrou um consumo de aproximadamente 5 milhões de m2 de chapas de drywall. Com a nova fábrica, a Knauf espera um crescimento anual de até 20% no consumo da região para os próximos três anos.

De acordo com o presidente do Sinduscon, Carlos Henrique Passos, o segmento da construção civil tem crescido em média 5% ao ano e apresenta um quadro de obras bastante grande e diversificado. “A chegada da Knauf vai ser bastante favorável ao setor, porque traz tecnologia e garante produtividade com qualidade”.