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MB , da redação em Salvador |
21/05/2014 às 20:20
Foram dois dias dedicados a um futebol diferente, em que os jogadores são duplas e até as defesas valem pontos. Essa é a ideia do futebol cooperativo que, em Santa Catarina, motivou a Coopa que será desenvolvida nas escolas participantes do CooperJovem, desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop/SC). Na última semana, foi a vez dos professores e coordenadores das cooperativas Cooper A1, Cooperitaipu, Copérdia, Copercampos e Auriverde participarem da Oficina de Co-criação da Coopa de Futebol Cooperativo. O encontro aconteceu em Itá, no oeste. As escolas devem desenvolver a atividade até setembro.
“Propomos um olhar para o futebol em que todos ganham juntos. O futebol convencional é competitivo e instiga confronto. O cooperativo visa superar limites”, enfatizou uma das facilitadoras do projeto, Cristiane da Silva de Oliveira. O desafio está em como fazer uma partida de futebol dessa maneira. Nos encontros, os professores e coordenadores das cooperativas participaram de um jogo diferente, o chamado FUTPAR. Cada dupla vestiu uma mesma camiseta. Quando um gol acontecia, os dois, juntos, precisavam trocar de time. Assim, todos os jogadores buscaram o montante de pontos estipulado pelo placar único. “Bola na trave, defesas e gols. Tudo vale pontos”, explicou Cristiane.
A facilitadora ressaltou que as regras podem ser estipuladas pelos professores e demais equipes da escola. “Se for difícil conseguir essa camiseta para duas pessoas, pode-se juntar as mãos dos alunos com algum tipo de corda ou de outra maneira”, orientou. A partida, inclusive, não tem árbitro. Os lances “duvidosos” devem ser decididos pelos próprios jogadores. “Ao invés de termos apenas 11 jogadores e o restante ficar na torcida, todos podem ir para o campo”, propõe.
Depois de toda essa dinâmica, os participantes reuniram-se para conhecer os sete passos para implantação da Coopa de Futebol Cooperativo nas escolas. Assim, eles saíram do encontro com um esboço do projeto para adaptar à realidade da escola. Até setembro, todos os participantes do CooperJovem devem realizar a Coopa para, em novembro, compartilhar a experiência com os demais no Fórum de Boas Práticas que será realizado em Florianópolis.
Atividades como esta são importantes para criar um ambiente escolar mais cooperativo. “Para tanto, os professores são incentivados a promover o exercício de convivência (viver-com-os-outros) e da cooperação (trabalhar-com-os-outros), através da metodologia de Jogos Cooperativos como uma prática cooperativa no cotidiano escolar, familiar e comunitário, para que depois possam repassar aos alunos e demais membros da equipe escolar”, salientou a coordenadora de Promoção Social do Sescoop/SC, Patrícia Gonçalves de Souza.