O município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, foi o responsável pela liderança baiana no Caged, pois gerou um total de 2.396 novos posto
Redação e Setre , Salvador |
20/02/2014 às 21:56
Construção civil e obras públicas geradores de empregos
Foto: BJÁ
O Ministério do Trabalho informou nesta quinta-feira (20) que foram criados em janeiro de 2014 29.595 empregos formais (com carteira assinada). Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O resultado é 2,4% superior ao registrado em janeiro do ano passado, quando foram criados 28,9 mil postos.
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Esses números se referem à apuração preliminar do Caged – os resultados mensais de criação de emprego costumam aumentar ao longo dos 12 meses seguintes, quando são acrescentados dados enviados com atraso pelas empresas. Se for considerado o número com ajuste, em janeiro de 2013 foram criadas 75.614 vagas.
Os 29.595 empregos do mês passado (dado preliminar e que, portanto, deve aumentar ao longo do ano) são o resultado de 1.778.077 contratações com carteira assinada, menos 1.748.482 demissões no período. De acordo com o ministro do Trabalho, Manoel Dias, o saldo desde janeiro de 2011, início do governo da presidente Dilma Rousseff, é de 4.511.820 novos postos criados.
Dias disse que o governo mantém a meta de criar, ao longo de 2014, entre 1,4 milhão e 1,5 milhão de novos empregos. No ano passado, foram criados 1,11 milhão de vagas, pior resultado em dez anos e 14,1% menor do que o registrado em 2012.
Resultado por setor
O setor que mais contribuiu para o resultado de janeiro foi a indústria da transformação, que criou 38.516 postos. Na sequência está a construção civil, com 38.058, e o setor de serviços, com 24.681. Por outro lado, o comércio brasileiro registrou a eliminação de 78.118 vagas no mês passado. Segundo o ministério do Trabalho, isso se deve à demissão de funcionários temporários, contratados apenas para o período de Natal.
De acordo com os dados do Caged, foi registrado crescimento no emprego em 10 de 12 segmentos da indústria de transformação analisados na pesquisa. A indústria de calçados criou 8.942 vagas, alta de 2,69%, resultado recorde para o período, segundo o ministério. Na indústria mecânica foram criados 7.740, aumento de 1,17%. Já no setor têxtil foram 6.177 (+0,60%). Os dois segmentos que tiveram retração no saldo de empregos são: indústria de material de transporte (-1.092 postos) e indústria de produtos alimentícios (-1.088).
Por região
Segundo o Caged, a maior parte das novas vagas criadas em janeiro foram nas regiões Sul e Centro-Oeste do país. Santa Catarina liderou a criação de empregos, com 18.317, seguido por Paraná, com 11.991, e Mato Grosso, com 10.264 novos postos. A maior queda no estoque de empregos no mês passado, de -21.548, foi no Rio de Janeiro, puxada pelo setor de comércio (-17.679 vagas).
BAHIA LIDERA NO NE
Com 3.994 novos postos de trabalho com carteira assinada em janeiro deste ano, a Bahia ocupou a primeira posição entre os estados da Região Nordeste do país. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados, nesta quinta-feira (20), em Brasília. Este resultado expressa a diferença entre o total de 68.994 admissões e 65.000 desligamentos.
Os números do Caged de janeiro 2014 colocam a Bahia na frente de Sergipe que ficou na segunda colocação, apresentando um saldo de 1.142 empregos; enquanto outros estados da região, como Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Ceará apresentaram saldos negativos.
Liderança- O município de Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, foi o responsável pela liderança baiana no Caged, pois gerou um total de 2.396 novos postos de emprego. Em segundo lugar ficou Maragogipe com 886 vagas e Camaçari na terceira colocação com 513 postos, seguido por Jequié com 508 e Serrinha com 269.
Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo - no acumulado dos últimos doze (12) meses - o montante de empregos gerados atingiu a 52.337 postos de trabalho. Este saldo positivo originou-se, principalmente, do desempenho dos setores de serviços, da indústria de transformação e da construção civil.