Economia

CAMAÇARI lança programa e fortalece agricultura familiar em terreiros

Meu Terreiro é a Roça é o nome do programa
Decom , Camaçari | 18/10/2013 às 19:30
Representantes do povo de santo participaram da solenidade na Secin
Foto: Nelinho Oliveira
Os sacerdotes e sacerdotisas de matrizes africanas que prestigiaram o lançamento do programa Meu Terreiro é Roça, lançado hoje (18) pela Secin (Secretaria da Cidadania e Inclusão), aprovaram a iniciativa que tem como intuito fortalecer a agricultura familiar e comunitária em comunidades de Terreiros e Quilombos de Camaçari.

O primeiro projeto a ser executado no programa Meu Terreiro é Roça é o de plantação de hortaliças, verduras e leguminosas. No primeiro momento há a distribuição das sementes, em seguida, são realizadas visitas técnicas para orientações e depois oferecida a ajuda necessária para a comercialização dos produtos.

O Pai Plácido do Terreiro Eqbe Ni Oxosi, localizado em Machadinho, foi um dos dez primeiros contemplados e recebeu um saco de sementes de feijão de corda. “Essa é uma iniciativa louvável, agora poderei ampliar e diversificar a minha plantação”, disse.
Outro contemplado com as sementes foi o Pai Livramento do Terreiro Iji Omim Toloya, localizado em Areias. Ele comemorou porque poderá inserir outros integrantes do terreiro na produção. “Vamos produzir, vender e repartir os valores, todos sairemos ganhado”, ressaltou pai Livramento.

O Pai Buchecha do Terreiro Unzo Kilowboina N’Gungo, situado em Barra do Pojuca, também parabenizou a iniciativa da Prefeitura e ressaltou que houve um olhar diferenciado dos gestores ao criar esse programa que, na avaliação dele, “vai dá um novo sentido as nossas vidas”.

Na oportunidade, o secretário da Secin, Fabio Pereira, disse estar honrado em poder lançar um programa com a transversalidade que existe no Meu Terreiro é Roça, uma vez que o mesmo será executado em parceria com a Sedap (Secretaria do Desenvolvimento da Agricultura e Pesca). “É um programa de agricultura, mas que tem um olhar de igualdade social e de inclusão”, pontuou o secretário Fabio Pereira.
O objetivo da Secin é de que a cada mês haja distribuição de sacos de sementes até atingir a meta de 200 terreiros e quilombos atendidos na sede e orla. Além da plantação, haverá ainda o projeto para avicultura e outro para piscicultura, ou seja, criação de aves e peixes, respectivamente.

Para executar o programa a Secin vai contar ainda com o apoio da EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola) e da AcBantu (Associação de Preservação do Patrimônio Bantu).