Economia

PETROBRAS: GREVE tem boa adesão na Bahia e trabalhadores cruzam braços

Primeiro dia da greve da Petrobras tem boa adesão
Sobral Lima ,  Salvador | 17/10/2013 às 17:56
Piquetes foram organizados por sindicalistas em pontos estratégicos
Foto: Sindipetro
Um movimento sólido e com ampla adesão. Assim pode ser definida a greve por tempo indeterminado dos trabalhadores do Sistema Petrobrás deflagrada à zero hora do dia 17/10.  Em todas as unidades da empresa - Petrobrás, Transpetro e PBio - a adesão  foi total. 

No COFIPPituba, os cerca de 700 trabalhadores sequer se dirigiram ao prédio administrativo, permanecendo em suas casas. No EDIBAPituba, alguns trabalhadores permaneceram do lado de fora do prédio e outros retornaram às suas residências. Infelizmente, foi registrado um incidente provocado por uma minoria com pensamento conservador e de direita, tentando insuflar e criar a discórdia, mas não obteve sucesso.

O destaque foi para o Levante Popular da Juventude, que vem participando de uma série de mobilizações em defesa do patrimônio brasileiro e contra os leilões de petróleo. Os jovens permaneceram em frente ao EDIBA cantando paródias em defesa do Campo de Libra e contra a terceirização.

O coordenador geral do Sindipetro Bahia, Paulo César Martin,  fez um balanço positivo do primeiro dia de paralisação. Afinal, somente no EDIBA foram cerca de 4 mil trabalhadores (diretos e terceirizados) a aderir ao movimento. Ele afirma que a greve é necessária uma vez que a Petrobrás e suas subsidiárias se negam a avançar na mesa de negociação. A luta, lembra o coordenador, “é também pela suspensão do leilão de Libra e contra o PL 4330, que legitima a terceirização, intensificando a exploração do trabalhador e precarizando o trabalho”. 

 UO-BA MIRANGA

Em Miranga, apesar da grande adesão dos trabalhadores, cerca de 90%, a empresa através da pressão que faz com suas equipes de contingência, acaba provocando estresse em seus trabalhadores. Exemplo disto foi um ato isolado que aconteceu na portaria da estação da sede administrativa, quando um trabalhador utilizou o veículo para furar o piquete de convencimento e quase causa grave acidente.

Ainda no campo de Miranga não houve troca da equipe do administrativo e dos trabalhadores do turno da  EIA (água) e da Ecomp (gás). Na sonda 108, ocorreu o mesmo e a operação foi paralisada a partir das 16h. 

O diretor do Sindipetro Bahia Leonardo Urpia chama a atenção para o fato de os trabalhadores completarem às 20h  do dia 17,  quinta-feira, 24 horas trabalhando sem intervalo. Ele diz que o sindicato continuará mantendo os piquetes de convencimento para que não haja troca de turnos. Para ele a empresa não poderá manter os trabalhadores trabalhando por 36h seguidas. “Se fizer será uma irresponsabilidade, pois estará expondo a força de trabalho a um acidente”, conclui.