Economia

Bancários rejeitam aumento de 7,1% e decidem manter greve

Prejuizos enormes para empresas
Tasso Franco , da redação em Salvador | 04/10/2013 às 23:34
BB da Avenida Tancredo Neves
Foto: BJÁ
Os bancários de todo o País rejeitaram a nova proposta apresentada pela Fenaban (sindicato patronal) nesta sexta-feira, 4, de reajuste salarial de 7,1%, ou seja, aproximadamente 1% de aumento real, afirmou Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT (confederação nacional dos bancários).

A oferta foi feita nesta sexta, à tarde, aos representantes da categoria, em reunião marcada pela própria Fenaban um dia após os representantes do comércio pressionarem a federação a entrar em acordo com a categoria. Segundo a CNDL (confederação dos lojistas), o setor pode registrar perdas de até 30% se a greve se prolongar até o quinto dia útil do mês.

Foi a primeira oferta desde o início da greve, no dia 19 de setembro. A paralisação completou nesta sexta 16 dias.

Após reunião das lideranças sindicais, para discutir a oferta, foi decidido pela rejeição. "Estamos rejeitando essa proposta pois ela não contempla os principais itens da categoria, não só os econômicos, mas também os sociais", diz Cordeiro. A categoria pede 11,93% de correção (5% de aumento real).

A greve dos bancários deixou nesta sexta mais da metade das agências do País fechadas, segundo a Contraf-CUT. Na Bahia, já são 836 unidades paradas.


Sem avanço

Segundo o presidente da entidade, não houve nenhum avanço em relação à alta rotatividade no setor, "os bancos demitem quem ganha mais e contrata novos funcionários pagando menos", diz. Além disso, não houve proposta em relação às metas abusivas e à segurança dos funcionários.
Em relação à PLR (participação nos lucros e resultado), ficou mantida a fórmula praticada atualmente. Os bancos oferecem correção dos valores fixos e de tetos em 10%, que, segundo Cordeiro, na prática não muda nada para os trabalhadores.
A Contraf-CUT enviou nesta sexta carta à Fenaban avisando da rejeição da proposta e dizendo que esperam uma nova negociação com os bancos.