Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento certifica Unidade de Beneficiamento de Pescado da COOPECOM
Fundação Odebrecth , Baixo Sul |
01/10/2013 às 06:58
Unidade de Beneficiamento do Pescado da Coopecom, Baixo Sul da Bahia
Foto: FO
Dados divulgados pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), em agosto de 2013, apontam que o brasileiro está consumindo cerca de 9 kg de pescado por ano. Esse número ainda é baixo, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que recomenda 12 kg por pessoa. Por isso, o MPA está incentivando a produção nacional e espera que, em 2030, o Brasil se torne um dos maiores produtores do mundo, com 20 milhões de toneladas de pescado por ano.
É nesse espaço que a Cooperativa dos Aquicultores de Águas Continentais (Coopecon) busca se inserir e espera contribuir para ampliar o número de proteína branca disponível para a população. Para isso deu um importante passo. Também neste mês de agosto, sua Unidade de Beneficiamento de Pescado (UBP) foi certificada pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A partir de agora, os cultivos de seus 53 associados poderão ser beneficiados e transformados em filé pela UBP, o que agrega valor ao produto e permite maior retorno de renda para os aquicultores do Baixo Sul da Bahia.
Josedilson Daltro, Fiscal Federal Agropecuário do MAPA, reforça a importância dessa conquista. “Sem o SIF, a comercialização do produto de origem animal é proibida. Além disso, essa certificação permite a venda interestadual e internacional. Para uma indústria entrar nesse seleto grupo é preciso atender diversos pré-requisitos”, sinaliza. Na Bahia, apenas 11 fábricas desse segmento possuem a chancela do MAPA para distribuir a produção. “Além do filé, a indústria torna possível a fabricação de óleo, polpa de carne e farinha de peixe. Assim o cooperado pode ampliar ainda mais a sua renda”, afirma José Raimundo de Oliveira, Associado e Presidente do Conselho Deliberativo da Cooperativa.
As atividades da Unidade de Beneficiamento da Coopecon, que tem capacidade para processar sete toneladas por dia, serão acompanhadas por um fiscal federal agropecuário ou agente de inspeção ligado ao MAPA. “A qualidade do pescado precisa ser de excelência. Se tem o carimbo do SIF é porque está dentro dos mais altos padrões exigidos pelo Ministério”, reforça Dimitrius Carvalho, Líder Industrial da Coopecon.
De acordo com Daltro, o MAPA irá atuar em parceria visando sempre proporcionar ao consumidor uma proteína branca de qualidade confiável. “Só temos a parabenizar por essa iniciativa de dotar a Bahia com uma fábrica de pescado de porte internacional e promover a inclusão de agricultores no Baixo Sul”, diz.