Economia

As dificuldades do empreendedorismo negro no Brasil tem palestra

EM Salvador, João Carlos Nogueira, Roberto Evangelista e Jorge Teixeira fazem palestra sobre EMPRENDEDORISMO NEGRO, sábado, 12h30min, Forte da Capoeira, Santo Antonio além do Carmo
Gilberto Leal , Salvador | 28/08/2013 às 18:45
No que se refere ao jovem empreendedor negro(a) são poucas as informações,sobre a participação neste universo , onde os dados universalistas  apresentam um perfil do jovem empreendedor  revelando que em uma pesquisa divulgada pelo SEBRAE realizada em 43 paises , mostrou o grande crescimento do número de jovens brasileiros que decidiram empreender. No Brasil, cerca de quatro milhões de jovens decidiram abrir o próprio negócio nos últimos três anos, sendo 25% entre a faixa etária de 18 e 24 anos, o que coloca o país em terceiro no ranking de participação jovem, atrás do Irã e da Jamaica.

Um dos grandes obstáculos para a ascensão da comunidade negra no Brasil, em especial a juventude relaciona-se à falta de oportunidade para o empreendedorismo. Um estudo realizado pela Associação Nacional dos Coletivos de Empreendedores Negros (ANCEABRA) revelou que apenas 3,8% dos afrodescendentes conseguem se tornar um empreendedor no Brasil.

A pesquisa mostrou, ainda, que a maior parte do setor informal é representado pela negritude, isso por conta da falta de oportunidades de emprego formal e das dificuldades encontradas por cidadãos de raça negra no momento de abrir uma empresa por meios legais.

O sociólogo Jorge Aparecido Monteiro incentiva, por meio de seu livro “O empresário Negro”, defende a criação de um projeto nacional de desenvolvimento da empresa afro-brasileira, assim como criar associações de empresários negros, no intuito de promover a troca de experiências entre eles.

Para Monteiro, além de sofrer com a falta de crédito e a carga tributária, o empresário negro ainda é vítima da discriminação, o que dificulta ainda mais o rumo de suas atividades. Ele explica, também, que o apoio das autoridades municipais, estaduais e da esfera federal é fundamental para a mudança deste cenário.

Os números brasileiros comprovam que as mudanças daqui ainda não são tão significativas. As políticas de reparação, apesar de já fazerem parte da realidade nacional, não têm transformado o quadro de desigualdade da sociedade, porém o empreendedorismo pode ser um dos meios a serem utilizados para que seja efetivada uma verdadeira política de inclusão social no país.