A inspeção foi acompanhada pelo diretor de SMS do Sindipetro, Deyvid Bacelar, e por membros do GTB da Rlam
Sobral Lima , Salvador |
18/07/2013 às 14:52
A área industrial estaria se fazendo muito pouco para reduzir as emissões fugitivas
Foto: Sindipetro
Uma busca incessante do SMS do Sindipetro Bahia, o fim da exposição dos trabalhadores ao benzeno, teve mais um capítulo, na segunda-feira, 15/07, na Rlam.
Em conseqüência das inúmeras denúncias realizadas pelo nosso sindicato, técnicos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) realizaram uma inspeção surpresa nas unidades de processo da Rlam., com as presenças de dois auditores fiscais do trabalho (AFT).
O foco da inspeção foi a exposição de trabalhadores ao benzeno em algumas das unidades classificadas pelo PPEOB (U-30/31, U-32 e U-39) e naquelas que a gerência geral da refinaria continua resistindo em classificar (U-6 e ETDI), apesar das evidências documentais da presença do benzeno e das cobranças do GTB, CIPA, Sindipetro-Ba, CEBz e CNPBz. Os auditores queriam saber quais melhorias foram feitas pela refinaria desde a última ação de fiscalização e visita técnica da CNPBz até hoje.
A inspeção foi acompanhada pelo diretor de SMS do Sindipetro, Deyvid Bacelar, e por membros do GTB da Rlam. Foram analisados, entre outros, os sistemas de coleta de amostras e de drenagem; bombas; válvulas; flanges; sinalização; EPI's; EPR's;
Na área industrial ficou evidenciado que está se fazendo muito pouco para reduzir as emissões fugitivas e vazamentos de benzeno na atmosfera e para minimizar o risco químico existente nesses locais insalubres. Infelizmente, em unidades inspecionadas, uma série de irregularidades antigas, ainda foram encontradas, a exemplo de sistema de coleta de amostras aberto para atmosfera e válvulas e flanges com vazamento ou emissão fugitiva de produtos contendo benzeno
Das unidades de processo inspecionadas, apenas a U-30/31 conseguiu evoluir um pouco tecnologicamente. Para Deyvid Bacelar “ diante do tamanho do problema e das irregularidades, ainda presentes, que continuam expondo trabalhadores próprios e terceirizados a esse agente químico comprovadamente cancerígeno; essas pequenas mudanças realizadas demonstram uma falta de respeito aos órgãos fiscalizadores do Estado e, principalmente, à vida das pessoas que vendem a forca de trabalho para a Petrobrás.”
O processo de auditoria fiscal do MTE continua até agosto.