Qualquer pesquisa aponta o trânsito no entorno de Candeias como o maior foco de reclamação dos trabalhadores e população local.
Ascom Sindipetro , Salvador |
05/06/2013 às 17:33
Novela antiga e desgastada, a solução para o trânsito na BA 523, com a construção do Anel Rodoviário de Candeias, foi literalmente jogada no lixo. Na reunião entre a direção do Sindipetro Bahia e o gerente geral da RLAM, Nei Argolo, veio à tona o absurdo: o convênio entre a Petrobrás e o governo, que repassava a responsabilidade da execução da obra ao Derba, não saiu do papel.
No inicio desse 2013, Wagner foi à Refinaria e assinou ordem de serviço para construção do anel rodoviário, mas tudo ficou no papel.
E mais: a indefinição sobre o responsável pela manutenção da nova rodovia, assim como a desapropriação das áreas ocupadas ao longo do trecho, levaram a Petrobrás a retirar o valor do investimento da previsão orçamentária.
Segundo o diretor do sindicato Deyvid Bacelar, caso o governo reabra o canal de comunicação com a Petrobrás, existe um compromisso da direção da empresa em bancar a obra, através de um novo convênio entre a Unidade Operacional da Bahia, a Refinaria e o Estado.
Qualquer pesquisa aponta o trânsito no entorno de Candeias como o maior foco de reclamação dos trabalhadores e população local. As reclamações chegam por telefone, cartas, emissoras de rádio e emails, que relatam os riscos de acidentes, os transtornos sociais e psicológicos (estresse) causados pelo péssimo estado da BA 523 e pelas 2h40 de viagem de Mataripe a Salvador.
ALTERNATIVA DISULPBIO
Enquanto o anel viário não sai do papel, o sindicato fez uma proposta para evitar a "via crucis" de Candeias: a Refinaria daria condições de tráfego aos ônibus da frota RLAMTemadre por uma estrada de chão batido existente entre a DISUL e a PBio. Nesse caso, os ônibus sairiam da RLAM, passariam pelo Trevo da Resistência e entraria no 2º Trevo, onde fica o poço C50, direção a DISUL.
Depois, mais um percurso de 2 km em via privativa até a PBio, de onde seguiria em direção ao viaduto de São Sebastiao do Passé, com acesso a BR 324. Essa simples alteração daria contribuição na redução do tempo de viagem, ao evitar que a frota não circulasse dentro de Candeias.
O gerente geral da RLAM aguarda a avaliação dessa proposta e estudo de recuperação ou construção dessa via alternativa até o dia 10 de junho.
Diante do caos vivido pelos trabalhadores, motoristas e população da região metropolitana de Salvador – Candeias faz parte disso – o Sindipetro Bahia agendou encontro na próxima segunda (106), às 10h, com o prefeito Sargento Francisco, Derba e RLAM, para encontrar uma saída para o trânsito.