Granja possuía 135 mil aves alojadas em 6 galpões e a falta de energia ocorreu em 3 deles
Tasso Franco , da redação em Salvador |
06/05/2013 às 12:50
Diante da mortandade de 22 mil aves na Granja Carolina, localizada no distrito de Belém, município de Cachoeira, Recôncavo baiano, a Agência de Defesa Agropecuária das Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria de Agricultura (Seagri), realizou sexta-feira (03) o atendimento na propriedade e constatou que a causa da mortalidade foi estresse calórico, ocasionado pela falta de água e ventilação devido à queda de energia no período de 6h às 21h, na última quarta-feira (01).
A Granja possuía 135 mil aves alojadas em 6 galpões e a falta de energia ocorreu em 3 deles. Com isso, os ventiladores e a bomba que libera água para os recipientes pararam de funcionar, ocasionando a morte da maioria das aves alojadas nestes 3 galpões. Foi realizada uma análise clínica e observados aspectos físicos e históricos das aves, concluindo-se que as aves não apresentaram nenhum sintoma sugestivo de morte por doença, ressalta o coordenador do Programa de Sanidade Avícola, Itamar Garrido.
De acordo com o diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui leal, o proprietário tem a obrigação de comunicar à Adab quando ocorre mortandade acima de 10%, para serem tomadas as devidas providências de vigilância.
Mediante notificação oficial, neste caso, realizada na sexta-feira (03) pela manhã, a Agência tem até 12 horas para visitar a propriedade e realizar laudo técnico. Para isso, a notificação tem que ser imediata porque, caso o diagnóstico seja positivo para alguma enfermidade, a Adab tem que tomar medidas para evitar a dissipação de agentes patológicos causadores de doença, orienta Leal, lembrando que essa é uma ação de rotina da Agência, que realiza vigilância ativa e passiva nas granjas avícolas.
Visando garantir uma agropecuária segura, a Adab também realiza fiscalização de trânsito, por meio de barreiras fixas e móveis, além de monitorar sítios de pousos de aves migratórias, localizados em Prado, Caixa Prego, Mangue Seco e Barra de Serinhaém. As aves domésticas de subsistência destas áreas são acompanhadas visando prevenir uma possível introdução de enfermidades, como influenza aviária, por aves migratórias oriundas de outros países.
A Defesa Agropecuária tem trabalhado para manter o status sanitário da Bahia, o único atualmente classificado pelo Ministério da Agricultura (Mapa) como Status B, no Programa Nacional de Sanidade Avícola, ressalta o diretor geral da Adab, Paulo Emílio Torres, lembrando que todos estes procedimentos contribuem para a segurança e o desenvolvimento da atividade avícola do Estado. A Bahia ocupa o 1º lugar na produção de frangos do Nordeste e o 10º no ranking nacional, com um alojamento de 126 milhões de aves/ano.
As aves mortas foram encaminhadas ao aterro sanitário da região.