Economia

SINDPETRO diz: Petrobras reduz atividades na Bahia e gera desemprego

Veja as observações do Sindipetro
Sindpetro , alvador | 09/04/2013 às 09:45
O Sindipetro Bahia denuncia a desativação de plataformas e a crise que se instala na economia regional, com reflexos no emprego em vários municípios. Informação de técnicos da Petrobrás e de profissionais do setor petróleo indicam que o quadro não é nada promissor na Bahia, com o processo de desativação das atividades tanto na área de plataformas, como na de perfuração de poços terrestres, em acelerado ritmo. 

Segundo trabalhadores e dirigentes sindicais, diante desse quadro, a direção da Petrobrás “prefere o silêncio dos túmulos, faz de conta que nada acontece na planície. O governo, ou seus representantes, segue o mesmo caminho e adota a política dos olhos e ouvidos tapados: nada sabem, nada comentam, nada resolvem”.

Na Base Naval de Aratu e Canteiro de Obras em São Roque do Paraguaçu, os problemas se agravam, com ameaça de mudança do atual regime especial de campo para o regime administrativo, devido a desativação das plataformas marítimas.

Nos dois locais, o clima é péssimo: as P - 1 e P - 5 estão praticamente desativadas, os trabalhadores foram quase todos desmobilizados, os poucos que restam em breve serão realocados e o material da plataforma já foi disponibilizado; a P - XIV está parada há algum tempo e sem previsão de retomada das atividades; a P - 60 deverá ser ocupada nesta primeira quinzena de abril e seguirá para o Espírito Santo; a P - III deveria seguir para a área de Manati, onde está programada a restauração do poço marítimo e servirá de hotel flutuante, enquanto a P - VI tem previsão de saída para terminar a perfuração de um poço em Abrolhos.

A estatal realiza a “operação” desmobilização, processo que prejudica a economia estadual, provoca graves consequências socioeconômicas, com repercussão na produção e na geração de emprego. Para o mundo do trabalho, o medo e o desemprego: atualmente já estão sem atividades quase 1000 trabalhadores, resultado da desativação de 12 sondas.

O caso das sondas terrestres é indicativo da gravidade relatada pelo sindicato:                                      

1)    Redução das sondas terrestres de perfuração: em 2012 eram 14, em 2013 apenas 3 

2)    Em 2012 foram realizadas 160 perfurações, para todo o ano de 2013 só está programada 40, portanto, um quarto do que foi feito

 
Para a direção do Sindipetro Bahia, somente um “levante” das forças políticas pode reagir a essa crise e exigir medidas urgentes junto ao governo federal e à direção da Petrobrás para reverter quadro tão negativo.